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Embraer conclui fusão da Eve, do carro voador, com a americana Zanite

O negócio prevê investimentos de US$ 185 milhões da Embraer, US$ 25 milhões da Zanite e US$ 147 milhões de um consórcio de investidores

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A nova empresa terá papéis negociados na na Bolsa de Valores de Nova York a partir de hoje, 10 de maio | Foto: Divulgação

A Embraer anunciou que concluiu a fusão entre seu braço de mobilidade aérea urbana, Eve, e a Zanite, listada na Nasdaq. Com o negócio, a empresa americana passará a se chamar Eve Holding.

Segundo a Embraer, os títulos da Zanite foram retirados da Nasdaq ontem e as ações ordinárias e os warrants públicos da empresa começarão a ser negociados na Bolsa de Valores de Nova York a partir de hoje, 10 de maio, sob os símbolos “EVEX e “EVEXW”, respectivamente.

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“A conclusão bem-sucedida desta transação é um marco importante, fornecendo capital e suporte estratégico para atuarmos de forma relevante na aceleração do ecossistema global de UAM”, informou o co-CEO da Eve, Andre Stein. “Além disso, essa transação fornece à Eve capital de crescimento e bom posicionamento para executar seus planos de desenvolvimento, auxiliada por uma parceria estratégica contínua com a Embraer.” Segundo ele, a com a fusão a nova empresa poderá reforçar a posição de liderança nesse mercado de mobilidade aérea urbana.

O co-CEO da Eve, Jerry DeMuro, acrescentou que “o fechamento desta transação nos coloca no caminho para continuar desenvolvendo e comercializar nossas soluções de UAM.”

A transação também aumentou o planejamento (PIPE) da nova companhia em US$ 357 milhões ao preço de US$ 10,00 por ação também foi fechado em 6 de maio de 2022, imediatamente antes do fechamento da transação. “Nosso pipeline de pedidos para o lançamento é de 1.825 veículos, garantidos via cartas de intenção não-vinculativas, composto por 19 clientes líderes em seus setores, que também investiram na Eve”, disse DeMuro. “Dentre esses clientes, temos Azorra Aviation, Falko Regional Aircraft, Republic Airways e SkyWest. Eles fornecem uma validação poderosa de nossa estratégia de negócio e visão”.

O PIPE inclui investimentos de US$ 185 milhões da Embraer, US$ 25 milhões do patrocinador da Zanite e US$ 147 milhões de um consórcio entre os principais investidores financeiros e estratégicos, incluindo Acciona, Azorra Aviation, BAE Systems, Bradesco BBI, Falko Regional Aircraft, Republic Airways, Rolls-Royce, SkyWest Inc., Space Florida e Thales USA.

Segundo a Embraer, a Eve terá uma licença isenta de royalties para a propriedade intelectual de fundo da Embraer para ser usada no mercado de UAM, bem como acesso a milhares de funcionários altamente qualificados da Embraer em uma base flexível e prioritária, além do uso da infraestrutura global da Embraer, de acordo com os termos de determinados acordos de serviços entre a Embraer e a Eve. O alinhamento estratégico com a Embraer também oferece à Eve importantes vantagens de custo e execução, pois esta busca escalar suas soluções de UAM globalmente.

“Estamos totalmente comprometidos com a Eve, que vem desempenhando um papel fundamental em nossa estratégia de crescimento impulsionada pela inovação e eficiência empresarial”, disse Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer. 

O mercado parece não ter recebido bem a fusão. Os papéis da Embraer caíram mais de 7% na sessão de ontem, 9 de maio. A ação foi negociada a R$ 13,15, um tombo de 7,98%.

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