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Nem China, nem Índia: emergentes mais promissores são outros asiáticos

Mali Chivakul, do J Safra Sarasin, destaca que analistas estrangeiros ficam surpresos com o crescimento resiliente do PIB brasileiro, que acaba sempre supera as expectativas

Economista do J Safra Sarasin apontou onde estão os países emergentes mais promissores atualmente | Foto: Divulgação

Com a desaceleração da economia chinesa e um possível acirramento das guerras comerciais com o gigante asiático, economistas do mundo já buscam novos eleitos para o posto de mais promissor entre os países emergentes. Para Mali Chivakul, especialista de Mercados Emergentes, o olhar não sai da Ásia, mas o foco não são apenas os maiores países da região.

A economista do banco suíço J. Safra Sarasin, do Grupo Safra, participou do painel “Cenário para mercados emergentes em 2025”, na J. Safra Brazil Conference,  com moderação de Daniel Weeks, economista-chefe da Safra Asset.

Há alguns anos, a expectativa era de que a Índia ocupasse o lugar da China como principal mercado emergente mundial. Contudo, Chivakul explica os motivos do crescimento do país serem diferentes do que levou a China a este posto. “É mais doméstico. A indústria de tecnologia recebe investimentos governamentais, mas as outras indústrias não se desenvolveram tanto. Além disso, é um país muito protecionista e, nesses dias, não dá mais para caminhar sozinho”, explica.

Entre outros pontos citados, a especialista falou das tarifas de importação do país, que cresceram nos últimos anos, e a necessidade de financiamento estrangeiro, por não ter reservas.

Economista do J Safra Sarasin apontou onde estão os países emergentes mais promissores atualmente | Foto: Divulgação

Os principais beneficiários do cenário atual da China estão na Ásia, mas são países menores. Chivakul citou a Indonésia, que vem baixando a taxa de juros. E acrescentou que muitos países da região recebem investimentos, como a Malásia, graças à indústria de semicondutores, além de Taiwan.

E por que não o Brasil?

Na avaliação da economista, o Brasil tem ativos interessantes, nas áreas de agronegócio e petróleo, mas a política fiscal ainda é fator de desconfiança internacional. “Investidores brasileiros não acreditam que política fiscal vai mudar e os estrangeiros também duvidam”.

Chivakul adicionou, contudo, que analistas estrangeiros ficam surpresos com o crescimento resiliente do PIB brasileiro, que acaba sempre excedendo as expectativas de mercado.

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