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Empresas focadas na economia doméstica se destacam no trimestre

Resultados das empresas superam as expectativas no segundo trimestre e Banco Safra vê tendência positiva para os próximos meses

Economia doméstica

Excluindo da conta os resultados da Petrobras, os números de receita, EBITDA e lucro líquido ficam acima das estimativas | Foto: Getty Images

Os resultados das empresas no segundo trimestre ficou abaixo do esperado por causa do desempenho da Petrobras, segundo análise do Banco Safra. Apesar disso, a maioria dos outros setores apresentou resultados acima das estimativas, com destaque para nomes relacionados à economia doméstica. 

Segundo o Banco Safra, a tendência positiva continua no segundo semestre. Em uma base anual de comparação, a receita do segundo trimestre ficou em linha com as estimativas do Safra (+1,7%), enquanto EBITDA e lucros vieram abaixo das expectativas dos analistas (-0,7% e -10,9%, respectivamente).

Excluindo da conta os resultados da Petrobras, os números de receita, EBITDA e lucro líquido ficam acima das estimativas, em 2,0%, 2,6% e 15,9%, respectivamente.

A melhora nos números em relação ao ano anterior continua presente, com crescimento nas três linhas (+9,5%, +14,8% e +20,5%, respectivamente) e expansão de lucros na maioria dos setores.

Destaques positivos dos balanços do segundo trimestre

Os segmentos que se destacaram com uma combinação de performance anual positiva e números acima do esperado foram:

  • (i) E-commerce – A dinâmica de vendas no marketplace continuou positiva e o Mercado Livre (MELI) se destacou, mas também notamos melhora na rentabilidade das empresas mais expostas a e-commerce próprio e varejo físico, como Magazine Luiza (MGLU) e Casas Bahia (BHIA);
  • (ii) Varejo convencional – No geral, a surpresa em vendas levou varejistas a reduzirem os descontos, o que impactou positivamente as margens, e também notamos um bom controle de custos e despesas – Grupo SBF (SBFG), C&A Modas (CEAB) e Lojas Renner (LREN) foram os destaques);
  • (iii) Construção / Baixa renda – O ambiente favorável continua se traduzindo em números operacionais favoráveis, com lançamentos e vendas subindo em torno de 40% a/a. no período;
  • (iv) Concessões – A Rumo (RAIL) se beneficiou do aumento na tarifa média e de custos controlados; Santos Brasil (STBP), do bom desempenho de seus terminais de contêineres (tarifas elevadas); e Ecorodovias (ECOR), da nova concessão adicionada e de crescimento orgânico de tráfego;
  • (v) Frigoríficos – Fortes resultados para aves e suínos, com melhores spreads e menor custo da mercadoria vendida (CMV/kg), e bom desempenho em bovinos no Brasil e na Austrália, parcialmente compensado por desempenho mais fraco dos EUA;
  • (vi) Indústria – WEG se beneficiou do bom resultado no mercado interno, da integração da Regal e da depreciação cambial, e Embraer (EMBR) demonstrou boa performance nos negócios Comercial, Defesa e Serviços, compensando o desempenho fraco da divisão Executiva.

Destaques negativos

 Os setores que se destacaram, com uma combinação de performance fraca e decepção ante as expectativas, foram:

  • (i) Locadoras – Excluindo Movida (MOVI), as locadoras apresentaram resultados fracos; (Vamos) VAMO foi impactada por perdas apresentadas por clientes do agronegócio; Armac (ARML) por menor crescimento da receita bruta e margens em queda; e Localiza (RENT) devido a um impairment de R$1,7bi de sua frota;
  • (ii) Distribuição de Combustíveis – Condições de mercado ainda difíceis no segmento por conta de uma superoferta e do regime especial de importação no Estado do Amapá.
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