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Endividamento é recorde, mas inadimplência recua

Pesquisa mostra que 67,5% das famílias brasileiras têm dívidas, mas os atrasos nos pagamentos caem há oito meses

Casal analisa contas

Para a CNC, a alta do endividamento já era esperada, diante dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a renda | Foto: Getty Images

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) indica que 67,5% das famílias brasileiras têm dívidas. O nível de endividamento cresceu, mas o endividamento recuou pelo oitavo mês consecutivo.

A porcentagem de endividamento cresceu 0,2 ponto porcentual em abril, em relação ao mês anterior, e 0,9 em relação a abril do ano passado. Com isso o endividamento voltou ao nível recorde de agosto do ano passado.

Apesar do nível de endividamento, a taxa de inadimplência caiu. Pelo oitavo mês consecutivo, a proporção de famílias que têm dívidas em atraso caiu, alcançando 24,2%. A queda foi de 1,1 ponto em relação ao mesmo período de 2020.

Para a CNC, a alta do endividamento já era esperada, diante dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a renda dos consumidores.

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Inadimplência recua

O crescimento da proporção de famílias endividadas, por si só, não é um fenômeno preocupante, desde que os avanços não sejam acompanhados de altas significativas da inadimplência.

“A parcela dos brasileiros que declararam que não terão condições de pagar contas ou dívidas e que permanecerão inadimplentes também caiu ligeiramente, na passagem mensal, para 10,4%, mas teve alta de 0,5 ponto porcentual em relação a abril passado”, diz a nota divulgada pela CNC.

Para medir o endividamento, a Peic leva em consideração todos os tipos de dívida, e não apenas empréstimos tomados junto a bancos.

A modalidade responsável pela maior parte do endividamento é o cartão de crédito. Em abril, 80,9% das famílias com dívidas recorreram a essa modalidade, recorde histórico, informou a CNC. (AE)

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