Energia verde tem maior crescimento em 20 anos
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que fontes de energia renovável cresceram 45% em 2020, puxadas pela China
11/05/2021Um relatório divulgado este mês pela Agência Internacional de Energia (IEA) revela que as fontes de energia renovável cresceram em 2020 no ritmo mais acelerado dos últimos 20 anos.
Segundo a entidade, capacidade de geração da chamada “energia verde” cresceu 45% no ano passado, chegando a 276 gigawatts (GW). Esse crescimento é o mais alto já registrado anualmente pela agência desde 1999.
Dessa forma, o crescimento foi puxado pelo avanço de 90% da capacidade de geração de energia eólica e de 23% de sistemas de energia solar.
Países destaques
De acordo com a IEA, os principais fatores do avanço das fontes de energia renovável foram os grandes projetos concluídos pela China e as políticas de estímulo dos Estados Unidos e de governos na Europa ao setor sustentável.
O reporte destaca que os chineses foram responsáveis sozinhos por mais de 80% do crescimento de instalações de energia eólica e solar. Já os EUA tiveram evolução expressiva na energia renovável vinda dos ventos.
O motivo é que incentivos fiscais do governo para o setor venceriam em dezembro de 2020. Entretanto, os estímulos foram mantidos para este ano.
Outro ator que aparece em destaque no relatório é o Vietnã, onde a IEA observou uma corrida sem precedentes às instalações solares para comércios e residências – também motivada por incentivos governamentais.
Por fim, o Brasil é mencionado entre os principais países da América Latina em energia renovável pela política generosa de medição de energia solar.
Recentemente, o país chegou a 9 GW de capacidade instalada de energia solar, impulsionada principalmente pela geração distribuída (residências e comércios, por exemplo).
“Novo normal” para a energia renovável
Segundo a IEA, a projeção para a energia limpa entre este ano e 2022 é a ainda mais positiva.
Nesse sentido, as fontes de energia renovável devem responder por 90% da expansão da capacidade de geração de energia em todo o mundo.
No entanto, a China, que foi destaque no recente crescimento recorde, deve desacelerar na implementação de novos projetos devido ao fim dos subsídios governamentais, diz a IEA.
Por outro lado, os Estados Unidos, com suas recentes metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa apresentadas ao mundo, devem liderar o segmento.
O relatório completo da IEA está disponível para leitura, em inglês, por este link.