Entenda por que diamante usado por Beyoncé é objeto de polêmica por onde passa
A cantora é a primeira mulher negra a usar a joia que ajudou a promover o mais famoso filme de Audrey Hapburn
26/08/2021A cantora Beyoncé voltou aos trend topics ao aparecer nas redes com o Diamante Tiffany, tornando-se a primeira mulher negra (e a quarta pessoa no mundo) a ostentar a pedra amarela que conheceu os holofotes no pescoço de Audrey Hapburn, durante a divulgação do filme “Bonequinha de Luxo”, de 1961.
Aqui no Brasil, a aparição de Beyoncé (para uma campanha de nova linha da joalheria) foi alvo de críticas de Agnaldo Silva. O autor de novelas disse em suas redes sociais que a pop star “faz parte da elite branca” e causou enorme reação nas comunidades antirracistas brasileiras em defesa da representatividade racial personificada pela cantora.
A gema causou burburinho em 2019, quando a Tiffany&Co cedeu a joia (usada na vez anterior por Hapburn) para a cantora Lady Gaga receber o Oscar de Melhor Atriz por seu primeiro papel no cinema, tirando a estatueta das consagradas (e favoritas) Glenn Close e Olivia Colman. A marca deixou claro que quem escolhe as suas divas é a Tiffany e nenhum outro júri.
Pedra exibida por Beyoncé é estimada de US$ 30 milhões
Desde que chegou às mãos do fundador da joalheria, em 1877, a pedra de 287 quilates encontrada em uma mina sul-africana é assunto no mercado de luxo.
Charles Lewis Tiffany não colocou a joia no mercado, encomendou uma lapidação rara que subtraiu mais de 150 quilates do material e definiu que a pedra deveria mudar de suporte para as raríssimas aparições, escolhidas a dedo pela curadoria da marca. É assim até hoje.
O diamante Tiffany foi premiado na Exposição Universal de 1893, em Chicago, e nas Feiras Mundiais de 1939 e 1940, em Nova York. Participou da exibição “Bejewelled by Tiffany” de 2006, na Somerset House, em Londres, e da mostra que celebrava a coleção nacional de gemas do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian Institute.
Quando não está em exibição, a pedra é guardada na flag ship na joalheria na Quinta Avenida, em Nova York. Raramente ocupa a vitrine. É avaliada em US$ 30 milhões, mas, como decidiu o fundador da marca, que pagou US$ 18 mil pela gema bruta e ganhou o epíteto de Rei dos Diamantes pela aquisição, não está à venda.