Epicentro da variante delta, Rio vive aumento de mortes e internações
Fiocruz alerta sobre lotação dos hospitais; risco de contágio aumenta no feriado e pode alterar a média móvel do País, que está em queda
07/09/2021O estado do Rio de Janeiro atingiu nesta segunda-feira, 6, a maior média móvel de mortes por covid-19 desde o dia 26 de junho, segundo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estado teve 142 mortes por dia nos últimos sete dias, patamar que representa um aumento de 33% em relação a 14 dias atrás.
Com isso, o Rio se coloca na contramão dos demais estados brasileiros, que apresentaram a menor média desde 2020, para o mesmo período. Se a curva das cidades fluminenses se mantiver a queda da média móvel de casos e internações do Brasil pode desacelerar.
Uma das preocupações dos órgãos de saúde é a volta do feriado de 7 de setembro, que teve estradas e praias lotadas também na região. A capital fluminense é considerada o epicentro nacional da variante delta, cepa mais transmissível e resistente à imunização pelas vacinas disponíveis no Brasil.
Capital do Rio volta a limite de ocupação hospitalar
Na capital, o número de casos também subiu cerca de 30% em relação há 14 dias. A cidade do Rio de Janeiro registrou ontem uma média móvel de cerca de 68 mortes por dia nos últimos sete dias.
O Observatório Covid-19 da Fiocruz destacou que o estado do Rio de Janeiro é o que mais preocupa em relação à taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para covid-19.
A região metropolitana da capital apresenta, segundo o boletim, percentuais críticos de ocupação: Rio de Janeiro (96%) – Belford Roxo (100%), Duque de Caxias (94%), Guapimirim (90%), Nova Iguaçu (85%), Queimados (78%) e São João do Meriti (83%).
O único outro estado a apresentar aumento de casos e mortes foi Roraima. Mas o crescimento pode estar ligado ao fato de a unidade da federação estar com dados represados desde o final da semana passada. (Com agências)