Nova operação no Amapá deve gerar valor para a Equatorial Energia
Compra da distribuidora CEA, do Amapá, deve ser positiva e beneficiar os papéis da companhia. Leia a análise do Banco Safra
01/07/2021A aquisição da distribuidora Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) deve gerar valor às operações da Equatorial Energia (EQTL3) e, consequentemente, beneficiar suas ações.
O arremate da CEA aconteceu em 25 de junho, em leilão com oferta simbólica por ser a única participante.
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Apesar da compra, o negócio está sujeito às aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com perspectivas positivas para tornar a operação de distribuição no Amapá eficiente, a Equatorial Energia tem a recomendação de compra para as suas ações dada pelo Banco Safra, com preço-alvo (potencial) de R$ 26,50.
Detalhes da compra da CEA
O processo de compra da CEA exigiu da Equatorial Energia um aumento de capital de R$ 400 milhões e a assunção de dívidas da estatal inicialmente estimadas em R$ 3,1 bilhões.
Estas dívidas devem ser reduzidas para R$ 800 milhões após as renegociações.
A Equatorial adquiriu 99,865% das ações, enquanto os acionistas minoritários (0,135% do restante da CEA) podem exercer o tag along (recebimento de 100% do valor por ação recebido pelo controlador).
A operação da CEA é altamente ineficiente com perdas totais que chegam a 49,5% e PMSO regulatório (parcela das despesas que responde por itens Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras despesas) acima dos níveis de eficiência.
Além disso, a estatal tem baixa taxa de registro de consumidores, sendo que apenas 21% dos potenciais são registrados.
No entanto, a companhia tem alta taxa de crescimento de energia injetada: +4,5% 10 anos-CAGR (taxa de crescimento anual composta).
Outros detalhes sobre a compra da CEA pela Equatorial Energia podem ser conferidos neste link.
Sobre a Equatorial Energia (EQTL3)
A Equatorial Energia é uma holding com atuação no setor elétrico brasileiro, presente nos segmentos de distribuição, através da Cemar, no Maranhão, da Celpa, no Pará, da Cepisa, no Piauí.
Em transmissão, atua por meio da Equatorial Alagoas em Alagoas, com oito projetos ainda em estágio pré-operacional, e pela Intesa, opera linha operacional que cruza os Estados do Tocantins e Goiás.
Em geração, a Equatorial opera através da Termoelétrica Geramar. Já em comercialização, pela Sol Energias. Por fim, atua em serviços, por meio da 55 Soluções.