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Governança alavanca a agenda ESG no agronegócio

Consultoria PwC destaca sete ações cruciais para o desenvolvimento da pauta sustentável no agro brasileiro. Veja as sugestões

Paisagem de pôs do sol em plantação de soja

Consciência sobre os impactos da governança no agro já está na cabeça de quase metade dos empresários brasileiros | Foto: Getty Images

Considerado o “celeiro do mundo”, o Brasil tem potencial para ser referência na implementação da agenda ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) de sustentabilidade no agronegócio. Reconhecido como o maior exportador de produtos agrícolas do planeta, o País tem buscado reverter uma imagem de relapso quanto às questões sustentáveis frente a outras nações.

Líderes políticos, como a senadora Kátia Abreu (PP-TO), e economistas como o diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joquim Levy, destacam a importância dos produtores brasileiros lançarem mão de boas práticas ligadas à pauta ESG.

O tema também é bem visto por órgãos como o Banco Central e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nesse sentido, a consultoria PwC divulgou um estudo sobre a importância da agenda ESG para o agronegócio nacional, com grande destaque para a letra “G” da sigla.

Relevância brasileira no agro

O relatório da PwC traz dados para evidenciar a força e relevância brasileira no setor – e porque qualquer atitude do País gera impacto global.

Tomando números da safra 2019/2020 como referência, dos oito itens agrícolas – a maioria commodities – listados pelo estudo, o Brasil liderou a exportação em seis deles, além de ter sido o maior produtor em metade dos mesmos.

*Estimativa. Dados de agosto de 2020. Fontes: Mapa (2020), MDIC (2020), RFA (2020), USDA (2020). Adaptado por PwC Agribusiness Research & Knowledge Center

Além dos números recentes do agro, o relatório traz a projeção oficial do poder público para o agronegócio brasileiro.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção agrícola brasileira deve crescer 20% até 2030.

Para o cenário global, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) prevê que o mundo demandará uma expansão de 35% na produção de alimentos para garantir o próprio abastecimento.

Governança em destaque ESG do agronegócio

Cada vez mais os aspectos sustentáveis se consolidam com status de requisito obrigatório no meio empresarial para prosperar.

Tanto é que as emissões de títulos ESG devem captar US$ 700 bilhões (R$ 3,6 trilhões) em recursos em todo o mundo em 2021. A previsão é da agência de classificação de risco S&P Global Ratings.

Em linha com essa tendência, um dos atributos que deverão ser destacados pelas companhias é a transparência em suas ações e comunicações das mesmas. Ou seja: a demonstração clara de governança quanto à sua estratégia.

De forma relevante, a consciência sobre os impactos da governança no agro já está na cabeça de quase metade (47%) dos empresários brasileiros, que acreditam ser necessário fazer mais para divulgar o impacto ambiental das ações de suas empresas. O dado é da pesquisa global de CEOs da PwC.

Ações ESG sugeridas

Por todo o contexto, a PwC elencou sete ações para que os empresários do agronegócio nacional avancem nas questões de governança, seguindo a agenda ESG. São elas:

  1. Composição da mesa de lideranças
    Definição de um plano estruturado de sucessão e revisão da estrutura societária

  2. Adoção de boas práticas de governança corporativa
    Determinação de ações de governança ao conselho de administração e seus comitês de supervisão, gerenciamento de riscos e compliance

  3. Atenção à nova ordem ESG
    Adequação a regulações internacionais e nacionais e atenção às mudanças de comportamento do consumidor

  4. Engajar os acionistas em reflexões sobre oportunidades e desafios
    É preciso entender quais são os temas mais relevantes para os acionistas e convergi-los em um plano de ação

  5. Assumir o modelo de “jornada”
    O plano deve respeitar os valores da organização e a velocidade esperada para alcançar os objetivos

  6. Identificar os riscos críticos
    Significa identificar os aspectos e impactos que podem limitar o alcance dos objetivos de curto e médio prazos – e responder rapidamente

  7. Respeitar a cultura de confiança nas pessoas
    Desenvolver um plano de treinamento para incluir os colaboradores que ajudaram a construir a história da organização

A íntegra do estudo da PwC sobre a agenda ESG no agronegócio brasileiro pode ser lida por este link.

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