close

A revolução da agenda ESG e o futuro do segmento

A diretora de Marketing, Comunicação e Sustentabilidade do Banco Safra conversa com o especialista Denys Roman sobre sustentabilidade no mundo corporativo

Conversa entre Beatriz Galloni, do Safra, e Denys Roman sobre o conceito ESG, que ganha cada vez mais espaço na agenda das empresas e investidores

Tema que ganha cada vez mais espaço na agenda das grandes empresas, o ESG vem da sigla em inglês para ambiental, social e governança.

O debate sobre o conceito cresceu a partir de 2004, com a agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento sustentável.

O ESG vem evoluindo a postura das empresas como um caminho sem volta também no setor financeiro, que tem grande impacto na sociedade.

Para debater o assunto, o Banco Safra promoveu uma live com Denys Roman, especialista e mestre em ESG pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e fundador da consultoria blendON.

Ele foi entrevistado por Beatriz Galloni, diretora de Marketing, Comunicação e Sustentabilidade do Safra.

Segundo Denys Roman, os conceitos de sustentabilidade ganharam importância especialmente nos setores de energia, papel e celulose e agronegócio. Na área de energia o segmento com mais destaque é o das eólicas.

“São setores com grande impacto nessa agenda e que recebem grande pressão internacional”, explica ele.

“O primeiro aspecto relevante é entender que ESG e sustentabilidade são praticamente sinônimos”, afirma Roman.

“O ESG dentro de uma empresa envolve materialidade, ou seja, o que é relevante para aquela empresa. Por exemplo, para uma indústria de bebidas, a água é um dos aspectos materiais para a atividade. As empresas devem fazer gestão interna e também buscar atuar de forma mais integrada em relação ao tema”, explica o consultor.

Ele acrescenta: “A fábrica de bebidas deve, por exemplo, cuidar das nascentes envolvidas no seu abastecimento. Não se pode mais deixar tudo por conta do governo. As empresas devem se preocupar com o futuro dos insumos de que necessitam”.

O ESG é importante especialmente no longo prazo, segundo o especialista, e deve envolver esforço em todas as áreas, inclusive atuando junto ao poder público para solucionar os problemas que envolvem as questões de sustentabilidade ligadas ao negócio.

Saiba mais:

Origem da sigla ESG

O termo ESG foi cunhado pela primeira vez em 2004, quando o então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan escreveu para 50 instituições financeiras, as convidando para participarem desse processo de transformação.

No entanto, a formação e consolidação do ESG vem de um longo processo, iniciado há mais de 20 anos.

Em 1999, a Dow Jones lançou seu primeiro índice de sustentabilidade. Ficaram conhecidos no mercado como investimentos verdes, ou investimentos éticos.

Já nos anos 2000, a ONU lançou o movimento Pacto Global com o objetivo de estimular o desenvolvimento de empresas sustentáveis.

Desde então, a conscientização em torno do assunto vem conquistando terreno ano a ano.

Leia mais

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra