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Estrangeiros reduzem ritmo de compra e Ibovespa perde o fôlego

Mês de fevereiro começa com entrada mais tímida de investidores estrangeiros, e Bolsa de Valores desacelera

Investimento estrangeiro

Entrada de capital estrangeiro somou R$ 6,8 bilhçoes na última semana, contra R$10,5 bilhões na semana anterior | Foto: Getty Images

Após um janeiro muito construtivo para os ativos de risco no Brasil (7% de alta), o mês de fevereiro começou mais tímido e de lado. Essa dinâmica coincide com o entusiasmo dos investidores estrangeiros, que apesar de ainda serem os maiores compradores da bolsa, vem desacelerando sua exposição.

Calcula-se que na última semana tivemos entrada de R$ 6,8 bilhçoes, contra R$10,5 bilhões na semana anterior. Uma queda relevante e que explica parte do movimento do Ibovespa nos últimos pregões. Os fundos locais continuam sendo os maiores vendedores, enquanto a pessoa física mantém suas vendas.

Saiba mais

A quinta-feira começa com os investidores esperando os números que serão divulgados sobre a inflação americana, o grande balizador das expectativas de hoje. Isso ocorre, pois, esse número guiará o mercado a respeito das expectativas de aumento de juros americanos na próxima reunião do FED.

A ideia de 4 altas em 2022, que eram consenso de mercado há pouco tempo, começa a perder força e já vemos analistas internacionais projetando até 7 hikes para o ano.

Preocupação que afeta muito as empresas de tech (refletido nos futuros da Nasdaq que cai 0,28%), enquanto a velha economia, representada pelo DOW, sobe na esteira de bancos e commodities.

Nessa transição do mercado para taxas de juros reais positivas, reforçamos o aumento de exposição em empresas de valor, ligadas a commodities e dólar. Outro setor que historicamente possui correlação positiva com o cenário é o financeiro.

Enquanto os países desenvolvidos passam por uma mudança de paradigma em suas curvas de juros, os agentes de mercado, em busca de alternativas de investimentos, encontram no mercado emergente uma boa relação risco x retorno. Três razões para isso são:

  • O fato de os países emergentes não terem se recuperado da pandemia tanto quanto os US e outros desenvolvidos.
  • Os preços das commodities aumentaram com a inflação e espera-se que a sensibilidade das ações nos EMs cresça de acordo.
  • Apesar de terem liderado o tema dos mercados de EMs, os bancos ainda têm muito espaço para crescer.

Pontos que reforçam a tese de investimento do Safra.

Uma ótima quinta a todos e bons negócios!

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