EUA testam inteligência artificial para prever futuro
Departamento de Defesa quer prever movimentos militares de inimigos com dias de antecedência por meio de radares e satélites
09/08/2021O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, anunciou que está testando a tecnologia de inteligência artificial (IA) para prever o futuro no campo militar.
Segundo o portal Drive, o programa é chamado de GIDE (Experimentos Globais de Dominação da Informação).
O sistema tem como objetivo fornecer às autoridades dos EUA informações sobre adversários com dias de antecedência.
No melhor estilo do filme “Minority Report – A Nova Lei”, de 2002 (trailer), o programa usa informações de radares, antenas e satélites e busca antever movimentos por meio de tendências e mudanças de padrões.
A condução dos testes é feita pelo Comando Norte dos Estados Unidos (NORTHCOM).
Detalhes do uso da inteligência artificial pelo Pentágono
Segundo o chefe do NORTHCOM, Glen VanHerck, o Pentágono já realizou três testes com a inteligência artificial envolvendo outros comandos estadunidenses. E até o momento, os resultados dos mesmos foram promissores.
Nesse sentido, os experimentos dos EUA incluem o uso de outra tecnologia chamada de machine learning (“aprendizado da máquina”, em português).
“O aprendizado de máquina e a inteligência artificial podem detectar mudanças e podemos definir parâmetros para que se dispare um alerta para que você cheque um outro sensor, como um satélite, para ver mais de perto o que pode estar acontecendo em um local específico”, explicou VanHerck.
De acordo com o Pentágono, as informações usadas nos testes já são usadas em análises humanas pelo governo americano.
No entanto, a IA promove uma verificação muito mais rápida e precisa das enorme carga de informações.
Isso, segundo os EUA, pode ajudar a prevenir ações militares violentas, tanto ativos quanto reativas.
Nos testes, o Pentágono usou informações de sensores disponíveis em todo o mundo – inclusive de parceiros que não foram revelados.
Conforme o Drive noticia, as informações podem vir a ser disponibilizadas até mesmo em nuvem para aliados, caso os EUA queiram.