EUA reforçam segurança na triagem de capital estrangeiro
Governo exige que comitê de investimentos avalie se a transação pode afetar cadeias de suprimentos ou a segurança nacional
15/09/2022O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou, nesta quinta-feira, 15, um decreto para aprimorar a segurança nacional para investimentos no país. Autoridades do governo disseram que a norma reforçará a supervisão do Comitê de Investimento Estrangeiro (CFIUS), um grupo de agências encarregado de analisar negócios e fusões envolvendo pessoas e entidades estrangeiras.
“A ordem executiva do presidente Biden destaca a crescente atenção para os riscos de segurança nacional em várias áreas-chave e aprimora a proteção da segurança nacional da América, mantendo os EUA com uma política de investimento aberta”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen em um comunicado.
Saiba mais
- BCE eleva juros em 0,75 ponto percentual e anuncia novas altas
- Receba diretamente as análises do Banco Safra pelo Telegram
- Como operar na bolsa de valores com a segurança da Safra Corretora
O Comitê de Investimento Estrangeiro é formado por membros dos departamentos de Estado, Defesa, Justiça, Comércio, Energia e Segurança Interna e é liderado pelo Tesouro. Entre suas atribuições estão redigir relatórios e recomendações ao Presidente, que tem o poder de suspender ou proibir um acordo.
Embora a Casa Branca tenha informado que o novo decreto não é direcionado a nenhum país, a medida ocorre em meio à crescente preocupação entre as autoridades dos EUA sobre a China e os investimentos no setor de tecnologia americanos e outras indústrias.
O texto exige que o comitê avalie se um investimento ou venda estrangeira poderá afetar cadeias de suprimentos críticas dos EUA e o impacto que poderia ter sobre a liderança tecnológica americana em áreas que afetam os segurança e em tendências de investimento mais amplas.
Também cabe ao órgão considerar os riscos de segurança cibernética que podem resultar de uma transação e estipular quais os riscos para os dados confidenciais dos residentes dos EUA devam ser considerados. (AE)