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Falta de oxigênio preocupa médicos em 13 estados

Situação atinge níveis preocupantes em seis estados e exige atenção em outros sete, segundo levantamento do Ministério da Saúde

Oxigênio

Fabricantes relatam crescimento de até 300% na demanda em algumas localidades do país | Foto: Getty Images

Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que o fornecimento de oxigênio medicinal chegou a níveis preocupantes em seis estados e em “estado de atenção” em outros sete.

A situação foi relatada por um assessor do Departamento de Logística da pasta em reunião com a Procuradoria Geral da República (PGR) esta semana.

Na videoconferência, o general Ridauto Fernandes, diretor de Logística do ministério, disse que há risco de falta do insumo no Acre, em Rondônia, no Mato Grosso, no Amapá, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Além disso, afirmou que o Pará, a Bahia, Minas Gerais, São Paulo, o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em “estado de atenção”.

De acordo com a PGR, o general apontou que o governo federal estuda incluir os motoristas de empresas de gases medicinais como grupo prioritário da vacinação contra o novo coronavírus. A demanda é reivindicada pelas fabricantes.

Risco de desabastecimento

Na segunda, o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac) já havia enviado um ofício ao governo federal sobre o risco de desabastecimento do Amapá. Segundo comunicado da PGR, ainda há relatos de problemas na Paraíba e outros Estados do Nordeste.

A multinacional White Martins participou na reunião, na qual teria informado um aumento de até 300% na demanda em algumas localidades. A empresa criticou liminares que determinam a entrega de quantidades do produto sem considerar a situação do setor têm desorganizado a logística e trazem “risco de desabastecimento em grandes hospitais”.

Na segunda-feira, 22, o Mato Grosso confirmou que duas fornecedoras notificaram haver risco de desabastecimento em cerca de 50 municípios. Na mesma data, o Paraná indicou necessitar de mil cilindros para dar conta da demanda, enquanto, na sexta-feira, 19, um levantamento apontou que 54 municípios paulistas estão com “estoque crítico” de oxigênio.

Em audiência pública no Senado na quinta-feira, 18, o general Ridauto já havia admitido que o País está com risco iminente de desabastecimento em municípios do interior e alguns Estados, que dependem principalmente de cilindros, por não terem estrutura para armazenar o produto em estado líquido. (AE)

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