FBI identifica grupo hacker que parou oleoduto nos EUA

O FBI identificou, na segunda-feira, 10, os hackers responsáveis pela invasão que bloqueou os acessos ao sistema no maior oleoduto dos EUA. A informação é do jornal Financial Times.

Grupo especializado em invasão a softwares de grandes indústrias, o DarkSide declarou que não queria causar problemas sociais, “apenas ganhar dinheiro”.

A invasão de hackers ao oleoduto da Colonial Pipeline parou o complexo e levou o presidente John Biden a decretar leis de emergência para garantir o abastecimento de combustíveis nos EUA, como a liberação de horas-extras para transportadores.

Assim que os invasores foram identificados, a Colonial Pipeline anunciou a volta do funcionamento de seu oleoduto na próxima sexta-feira, 14, tranquilizando os mercados.

Hackers dizem seguir código ético

Segundo o Financial Times, o DarkSide oferece serviços na dark web, tem assessoria de imprensa e declara seguir um código ético que não permite invasões a hospitais, casas de repouso, desenvolvedores de vacinas e ONGs.

Sua especialidade são as operações com ransomware (identificado no sistema do oleoduto), invasão que tira o controle e o acesso dos softwares ou sistemas de dados de uma empresa ou organização, por um bloqueio cifrado, até que um pagamento seja feito.

O número de ataques de ransomware cresceu em 62% no ano passado, de acordo com a SonicWall, que desenvolve firewalls. Foram mais de 200 milhões de ações nos EUA.

O crescimento acelerou na pandemia, com empresas deixando os escritórios, diminuindo a proteção das comunicação com colaboradores. Mas o aumento das negociações em bitcoin também contribuiu: é por essa moeda que os invasores de sistemas cobram o resgate do acesso.