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Federal Reserve reforça juro acelerado a partir de maio

Processo de redução dos incentivos concedidos na pandemia começa no mês que vem, assim como a alta dos juros, indica ata do Federal Reserve

Federal reserve

Ata do Fed indica que agravamento do cenário pode se justificar uma mudança para uma orientação política mais restritiva | Foto: Getty Images

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) concordaram que seria apropriado iniciar o processo de redução do balanço patrimonial após a próxima reunião de política monetária, em maio. Eles também indicam que um ou mais aumentos de 50 pontos-base nos juros devem ocorrer a partir de maio. As informações abalaram as bolsas nos Estados Unidos e no Brasil.

De acordo com a ata da reunião realizada em março e divulgada nesta quarta-feira, 6, todos os dirigentes concordaram com um ritmo mais rápido de declínio nas posses de títulos do que no período 2017-19.

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“Os dirigentes concordaram que os limites mensais de cerca de US$ 60 bilhões para títulos do Tesouro e cerca de US$ 35 bilhões para os MBS provavelmente seriam apropriados. Os dirigentes também concordaram em geral que os limites poderiam ser implementados em um período de três meses ou um pouco mais, se as condições de mercado assim o justificarem”, diz o texto.

A ata ressalta que nenhuma decisão sobre o plano de reduzir o balanço foi tomada na última reunião, apesar de os participantes concordarem que haviam feito “progressos substanciais” e que o Comitê estava bem posicionado para iniciar o processo de redução do tamanho do balanço.

Incerteza sobre Ucrânia adiou decisão do Federal Reserve sobre juros

Os dirigentes do Federal Reserve observaram que um ou mais aumentos de 50 pontos-base nos juros dos Estados Unidos podem ser apropriados em reuniões futuras, principalmente se as pressões inflacionárias permanecerem elevadas ou intensificadas.

De acordo com a ata da reunião de março, muitos deles também observaram que teriam preferido um aumento de 50 pontos-base já nesta última reunião.

No entanto, alguns indicaram que, com a maior incerteza associada à invasão da Ucrânia, um aumento de 25 pontos-base seria mais apropriado.

“Os dirigentes julgaram que seria apropriado mudar rapidamente a postura da política monetária para uma postura neutra. Observaram também que, dependendo da evolução econômica e financeira, pode se justificar uma mudança para uma orientação política mais restritiva”, diz o documento. (AE)

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