Fim do ciclo de alta do juro favorece empresas de crescimento

A quarta-feira começa em um clima de cautela nas bolsas internacionais. Futuros americanos e bolsas europeias em leve realização, enquanto a Ásia parece um pouco mais animada com a expansão fiscal e monetária no Japão.

A guerra no leste europeu continua sendo o grande balizador dos mercados. Analistas já começam a estudar os efeitos do conflito na economia europeia e as projeções de crescimento são rebaixadas, principalmente pela queda das atividades comerciais entre os países, uma vez que cresce o risco de quebra da cadeia produtiva de diversos produtos. O consumo na zona do euro também é uma preocupação latente, dado os efeitos negativos na confiança dos consumidores.

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Após os casos diários de Covid na China atingirem o nível mais alto desde o início de 2020, o país voltou a adotar medidas restritivas mais intensas. Estimativas indicam que as cidades com distritos de alto/médio risco respondem por mais de 30% do PIB nacional.

Apesar desse aumento estar concentrado na China, os investidores brasileiros devem acompanhar os próximos capítulos com bastante atenção, dado a forte correlação da economia chinesa em nossa bolsa.

Além de todos esses assuntos imprevisíveis, que carregam em sua essência um caráter incontrolável, o mundo continua sua batalha contra a inflação. Para os EUA, a expectativa do mercado começa a se consolidar em um aumento de 50 pontos na próxima reunião. Hoje teremos um discurso do Powell que deve sinalizar esse movimento com mais veemência.

Fim do ciclo de alta do juros está próximo, o que favorece empresas com potencial de crescimento

Enquanto os países desenvolvidos começam sua escalada de juros para cima, o Brasil dá sinais de que seus ajustes estão próximos do fim. Não sabemos ainda quantos aumentos teremos em 2022, mas mais importante que o número propriamente dito, é a sinalização do Banco Central de que estamos chegando no pico, dando ao mercado maior previsibilidade sobre o futuro.

Acreditamos que a comparação entre o diferencial dos juros e inflação no Brasil contra os países desenvolvidos pode ser um ponto muito positivo para nossa bolsa e moeda. Somos um dos únicos países onde a curva de juros está acima da inflação.

O price action do mercado brasileiro nos últimos dias vem corroborando a nossa tese de que os investidores devam manter suas principais alocações de risco em papéis de commodities e setor financeiro, mas o arrefecimento da curva de juros começa a abrir espaço para investimentos em companhias de crescimento.

É impossível prever quando as empresas que tanto sofreram no segundo semestre de 2021 voltarão a subir, mas acreditamos que esse momento está cada vez mais próximo.

Uma ótima quarta a todos e bons negócios!