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B3 segue tendência do exterior e fecha em alta

O Ibovespa subiu 1%, impulsionado pelas bolsas da Europa e dos Estados Unidos, e acumula ganho de 8,2% em dezembro

Vacinas

Avanço da vacinação ainda é um dos principais focos de atenção do mercado / Foto: Getty Images

O Índice Bovespa seguiu a influência positiva do mercado internacional e terminou o pregão desta quarta-feira, 23 de dezembro, em alta de 1%, aos 117,8 mil pontos.

Com o resultado, o Ibovespa eleva o ganho acumulado no mês de dezembro para quase 8,2%. Em terreno positivo desde a abertura, o indicador ganhou maior tração à tarde, com a consolidação do sinal positivo no exterior, apesar da redução da liquidez na Bolsa.

As altas de índices na Europa e nos Estados Unidos levaram em conta a expectativa de acordo comercial entre o Reino Unido e a União Europeia e ainda o pacote fiscal nos EUA, apesar das críticas de Donald Trump aos US$ 900 bilhões aprovados no Congresso.

No Brasil, houve também o alívio com a não votação da PEC dos municípios, temida pelo efeitos que teria nas contas públicas.

Em um dia de agenda econômica movimentada, o destaque ficou com os dados positivos de criação de emprego no Brasil em novembro, que vieram acima das estimativas mais otimistas.

“Os investidores estrangeiros continuam retomando posição em Brasil, comprando ações de companhias de commodities e bancos”, afirmou Régis Chinchila, gerente de renda variável da gestora Terra Investimentos.

Apesar dos riscos de curto prazo apresentados pela pandemia de covid-19, o ambiente econômico internacional ainda é favorável para 2021, na avaliação do time de macroeconomia do Banco Safra.

De acordo com os especialistas, o cenário internacional no próximo ano deverá contribuir para a continuidade do processo de recuperação da economia brasileira observado na segunda metade de 2020.

A previsão dos economistas do Safra é de que a economia brasileira poderá crescer 4,4% em 2021, tendo como ponto de partida a inércia da boa recuperação observada no segundo semestre deste ano.

Aversão ao risco nos mercados

A quarta-feira foi marcada por forte aversão ao risco nos mercados mundiais, com os agentes repercutindo o surgimento de nova cepa do coronavírus no Reino Unido.

No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a marcar 118,3 mil pontos (+1,44%), com alta praticamente generalizada entre as blue chips do mercado.

Ações de empresas dos setores financeiro, elétrico e de petróleo foram destaque. Os papéis da Petrobras terminaram o dia com ganhos de 2,16% (ON) e de 2,46% (PN), embalados pela alta expressiva dos contratos futuros de petróleo, refletindo a expectativa pelo acordo pós-Brexit.

As ações também ganharam impulso com o anúncio de que a estatal concluiu a venda de sua participação na Liquigás. Já Vale ON teve alta de 0,48%, apesar da queda do minério de ferro no mercado chinês.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, destaque ainda para os papéis do setor aéreo, com Azul (+6,89%) e Gol PN (+5,32%) na lista das maiores valorizações.

O setor de varejo reagiu positivamente ao dado do Caged indicando a abertura de 414.556 vagas em novembro, mas nem todas as ações sustentaram os ganhos. Ao final do dia, Via Varejo ON subiu 1,19%, enquanto Magazine Luiza ON perdeu 0,76%.

(Com AE)

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