Financiamento de veículos cai 9,2% no trimestre, a 1,2 milhão de unidades
Em março, as vendas a crédito chegaram 468 mil unidades, retração de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado
13/04/2022As vendas de veículos novos e usados via financiamento somaram 1,2 milhão de unidades entre janeiro e março, o que representa queda de 9,2% em relação a 2021. O volume equivale a 129 mil unidades financiadas a menos neste trimestre.
Em março, os financiamentos de veículos chegaram 468 mil unidades, retração de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ante fevereiro deste ano, porém, houve crescimento de 15%.
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As informações foram divulgadas pela B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), nesta quarta-feira, 13.
O SNG é uma base privada que reúne os cadastros das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no Brasil.
Conforme a B3, o aumento na comparação mensal pode ser explicado pelos três dias úteis a mais em março, na comparação com o mês anterior.
Financiamento de veículos por segmento
O segmento de motos registrou mais um mês de aumento. Foram 103 mil unidades financiadas ao longo de março, com crescimento de 25,3% perante o ano anterior. Em comparação com fevereiro, a expansão do segmento foi de 42,4%.
Já os segmentos de veículos pesados e de autos leves foram os que apresentaram maior queda no período. O volume de financiamento de veículos pesados tiveram redução de 17,6% em comparação a março do ano anterior.
Adicionalmente, os autos leves registraram 341 mil unidades financiadas, redução de 11% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Se consideradas apenas as vendas a crédito de autos leves novos, a redução foi de 31,6%.
“No mês de março vimos a continuidade do cenário que já se apresenta há algum tempo, com o recuo nos financiamentos, principalmente de autos leves novos, reflexo da queda nas vendas de veículos. Quando comparamos aos meses diretamente anteriores, o comportamento do mercado se mantém, de certa forma, estável, sem que percebamos uma melhora da demanda por parte do consumidor”, diz Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3.