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Fiocruz entrega mais vacinas e amplia produção

Fundação vai produzir 3,8 milhões de doses de vacinas até o fim do mês e ampliar capacidade para 1 milhão de doses por dia

Fiocruz

Segunda linha de produção entrou em operação na última sexta-feira para aumentar a capacidade produtiva do laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz | Foto: Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega a partir de hoje mais um lote de 1 milhão de doses de vacina para o Programa Nacional de Imunizações. Serão 500 mil nesta quarta-feira, 17, e mais 580 mil até sexta-feira, dia 19. Em março, serão 3,8 milhões de doses.

Uma segunda linha de produção entrou em operação na última sexta-feira para aumentar a capacidade produtiva do laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz. Até o final do mês, a capacidade sobe para 1 milhão de doses por dia.

A vacina fabricada pela Fiocruz foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.

Fiocruz defende eficácia da vacina

Após países europeus suspenderem o uso da vacina de Oxford/astrazeneca para investigar a ocorrência de coágulos entre pessoas vacinadas, a Fiocruz, que produz esse imunizante contra a covid no Brasil, afirmou que ele tem se mostrado, até agora, “extremamente seguro e eficaz”.

“Mais de 17 milhões de pessoas, na União Europeia e no Reino Unido, e cerca de 3 milhões no Brasil já foram vacinadas com ele sem que houvesse, até aqui, evidência de aumento de risco de formação de coágulos sanguíneos em nenhuma faixa etária”, afirmou a fundação, em nota.

O posicionamento se segue a outros da Astrazeneca e da Anvisa. Anteontem, a agência brasileira informou que não há relatos no País de embolismo ou trombose comprovadamente ligados aos imunizantes anticovid.

A Organização Mundial da Saúde e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também recomendam o uso e dizem que seus benefícios são maiores do que eventuais riscos.

A Fiocruz citou informações atribuídas à Astrazeneca de que foram relatados, até 8 de março, “15 eventos de trombose venosa profunda e 22 eventos de embolismo pulmonar” dentro de um universo de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e Reino Unido.

Segundo o instituto brasileiro, apesar desses relatos, não foi demonstrada “evidência de aumento do risco de eventos trombólicos para nenhuma faixa etária, gênero ou lote de vacina de determinado país”.

Especialistas dizem que as evidências vistas até aqui não justificam interrupção do uso do imunizante. Entre janeiro e fevereiro, o Brasil recebeu 4 milhões de doses do imunizante produzidos pelo Instituto Serum, da Índia. As primeiras doses fabricadas no País estão previstas para serem entregues pela Fiocruz ao Ministério da Saúde ainda em março. (AE)

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