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FMI eleva projeção para o PIB do Brasil a 5,3% em 2021

Antes, previsão estava em 3,7%. Na contramão, Fundo reduz a estimativa para o PIB brasileiro em 2022, de 2,6% para 1,9%

Porto do Rio de Janeiro com contêineres em primeiro plano, alusivo ao crescimento do PIB do Brasil previsto pelo FMI

FMI destaca que nova projeção de crescimento é motivada por resultados mais favoráveis do PIB do Brasil no primeiro trimestre | Foto: Getty Images

O Fundo Monetário Internacional – FMI – elevou a projeção de crescimento do PIB do Brasil de 3,7% para 5,3% em 2021.

No entanto, a instituição reduziu a previsão para 2022, de 2,6% para 1,9% na revisão de julho do relatório Perspectiva Econômica Mundial.

No documento em que projeta o PIB do Brasil, o FMI melhorou algumas estimativas de indicadores fiscais para este ano, influenciados pelo avanço do produto interno bruto.

O déficit público nominal como proporção do PIB deve atingir 6,3%, abaixo dos 8,3% comunicados em abril.

Com relação à dívida pública bruta, o Fundo projeta que a mesma deve alcançar 91,8% na mesma base de comparação, marca inferior aos 98,4% divulgados anteriormente.

A revisão das projeções do Fundo trouxe somente novas estimativas sobre o PIB de países e alguns números relativos às suas contas públicas, sem tratar de outros indicadores, como projeções para inflação, déficit de transações correntes e taxa de desemprego.

Justificativa do FMI para o PIB do Brasil

O FMI destacou que, no caso do Brasil, a nova projeção de crescimento para este ano foi motivada em boa medida por resultados mais favoráveis do PIB no primeiro trimestre.

Adicionalmente, a instituição elenca a elevação dos termos de trocas do comércio internacional, que beneficia o país particularmente com a elevação das cotações de commodities.

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O Fundo apontou no documento que no Brasil, bem como em outros mercados emergentes, como Hungria, México e Rússia, os seus respectivos bancos centrais começaram a elevar as taxas básicas de juros para conter pressões de alta dos índices de preços ao consumidor.

O relatório ressaltou também que o Brasil e a Índia propuseram a adoção de medidas fiscais para mitigar as consequências econômicas de "ondas recorrentes de infecções" causadas pela transmissão do coronavírus.

Recuperação antecipada

A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, confirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira, 27, que a instituição elevou a previsão para o crescimento do Brasil e disse que "foi antecipada a recuperação".

"A recuperação ocorreu antes do que o antecipado em 2021. O Brasil é um dos países que está se beneficiando pela ata de preços de commodities e da retomada de grandes parceiros comerciais como EUA e China", destacou a economista-chefe do FMI, em entrevista ao Broadcast, do Grupo Estado.

"Há também contratempos, pois a pandemia não terminou no mundo. O Brasil passa por uma terceira onda de covid-19 que ainda não cessou." (AE)

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