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Fora da União Europeia, como ficam os britânicos

Com o país fora do bloco comercial, habitantes do Reino Unido perdem direito de livre circulação entre as fronteiras dos países membros

Londres fora da União Europeia

Bandeiras da União Europeia devem sair da paisagem no Parlamento de Londres / Foto: Getty Images

O Reino Unido está oficialmente fora da União Europeia. O resultado do plebiscito de junho de 2016, quando 52% aprovaram o Brexit,  finalmente passou a valer.

Com o Reino Unido oficialmente fora do bloco, ainda há muitas perguntas sem respostas, mas algo é certo: a rotina será bem diferente para os britânicos a partir de 2021.

Ser integrante da União Europeia significa fazer parte de um clube seleto. Com as chamadas “quatro liberdades” – livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capital – é possível viver e trabalhar, abrir uma conta corrente, ter roaming gratuito de celular em qualquer uma das nações do bloco, entre outros benefícios.

Agora, britânicos só podem passar 90 dias na União Europeia em um período de seis meses sem precisar de visto, e vice-versa. Quando viajarem, estarão sujeitos a filas na imigração.

Quem conseguir visto de trabalho pode ter de validar o diploma no país da UE onde for morar, o que antes acontecia automaticamente.

Até viajar com o animal de estimação está mais complicado. O dono precisa tirar um certificado que pode levar um mês para ficar pronto.

Os europeus que se mudaram para o Reino Unido até 31 de dezembro de 2020 terão seus direitos preservados. Mas alguns, especialmente os idosos ou os que não falam inglês, têm dificuldades em preencher os formulários exigidos pelo governo britânico.

Em meio às incertezas, um alívio veio na véspera de Natal, quando Reino Unido e União Europeia anunciaram um acordo de comércio com tarifa zero para produtos que se enquadrem nas regras de origem.

Saem cotas e tarifas, entram o controle alfandegário e a burocracia. Boa parte da negociação do setor de serviços, responsável por 80% da economia britânica, ficou para 2021. O premiê sustenta que a independência em relação à União Europeia traz vantagens, como a rapidez para aprovar e aplicar uma vacina contra a covid-19.

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