Fundos imobiliários: descontos indicam bom momento para investir
Banco Safra aponta bons fundamentos em vários fundos imobiliários, que devem manter fluxos de dividendos atraentes em 2025, mesmo diante do cenário desafiador
16/02/2025
A análise do Banco Safra aponta bons fundamentos em vários fundos imobiliários, como diversificação de ativos, boa localização, vacância sob controle e capacidade de repasse de preços | Foto: Getty Images
Nos últimos três meses, as projeções de inflação mais alta, impulsionadas pela preocupação com a política fiscal brasileira e pelo aumento das tensões internacionais, levaram a uma expectativa de alta ainda maior nos juros. Como resultado, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) seguiram se desvalorizando.
Desde novembro de 2024, os FIIs apresentaram contração de 4,8% (enquanto a Bolsa retrocedeu 1,2%), acumulando queda de 11,6% desde o início do aperto dos juros, o que elevou o desconto dos preços sobre o valor patrimonial para 24% e o dividend yield (rendimento dos dividendos) para 12,8% (ante 18% de desconto e dividendo de 11,3% em novembro de 2024).
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Cenário de oportunidades para investir em Fundos Imobiliários
Apesar da volatilidade esperada no curto prazo, os especialistas do Banco Safra acreditam que a atividade econômica deve se enfraquecer após o aumento dos juros projetado para maio de 2025, ajudando a acomodar as expectativas de inflação.
A análise do Banco Safra aponta bons fundamentos em vários fundos imobiliários (diversificação de ativos, boa localização, vacância sob controle e capacidade de repasse de preços), que devem manter fluxos de dividendos atraentes em 2025, mesmo diante do cenário desafiador.
Para o Safra, os descontos atuais dos fundos Imobiliários são excessivos, já que se encontram em patamares próximos aos de 2016, quando o Brasil viveu um cenário macroeconômico também muito desafiador.
Apesar de enxergar um desconto excessivo nas cotas dos fundos de tijolo e de existirem boas opções de alta qualidade técnica, o Banco Safra destaca que o ambiente de curto prazo, que incorpora juros e inflação mais elevados, deve continuar exercendo mais pressão sobre esse segmento.
Dessa forma, o Safra mantém uma exposição elevada aos fundos de ativos financeiros (em 47,5%), acima do seu peso no Ifix (cerca de 42%), pois acredita que esse segmento possa capturar melhor o ambiente de juros e inflação mais altos no curto prazo através da maior distribuição de dividendos, conforme indicado na Carteira Top FIIs de fevereiro, composta dos seguintes FIIs: JS Real Estate, TRX Real Estate, Riza Terrax, JS Ativos Financeiros, Bresco Logística, VBI Logístico, XP Malls, Kinea Unique, Mauá Recebíveis, VBI CRI, Kinea Securities, Pátria Recebíveis Imobiliários, Kinea Recebíveis Imobiliários e Vectis Juros Real.
