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Fundos sustentáveis dobram de tamanho na Ásia

Chefe de pesquisa ambiental, social e de governança do JPMorgan vê grande espaço para fundos de baseados nos conceitos ESG

energia solar e eolica

Dentro das fontes limpas de energia, a geração solar vai dobrar nos próximos cinco anos, segundo a diretora do JPMorgan | Foto: Getty Images

Os fundos de investimentos lastreados em sustentabilidade dobraram de tamanho na Ásia em 2020 — e devem dobrar novamente este ano, de acordo com a chefe de pesquisa ambiental, social e de governança (ESG) do JPMorgan, Elaine Wu.

Ela afirma que o crescimento dos fundos de investimento sustentáveis deve-se, em parte, aos órgãos reguladores na Ásia e à exigências de que as empresas públicas divulguem seus dados relativos às questões ambientais, sociais e de governança (environmental, social and corporate governance, na sigla ESG).

Ela também ponderou sobre as principais tendências de investimento sustentável na Ásia. “Vimos a quantidade de ativos sob gestão dedicada ao investimento ESG dobrar no último ano”, disse Elaine Wu. “Esperamos que isso dobre novamente, na Ásia”, disse ela à CNBC.

Motivos da expansão dos fundos ESG

Duas razões são responsáveis pelo crescimento dos fundos de investimento sustentáveis, segundo Wu.

A primeira é que os reguladores na Ásia estão exigindo que as empresas públicas divulguem seus dados de ESG. Em segundo lugar, fundos de pensão e fundos de doação estão solicitando que seus gestores de ativos levem em conta os fatores do ESG durante o processo de investimento.

Wu disse que o Fundo de Investimento em Pensões do Governo do Japão integrou a sustentabilidade e as práticas éticas em 2017, e isso levou a um “efeito cascata” no setor.

“Achamos que isso vai continuar para o resto da região”, disse ela. Wu também ponderou sobre as principais tendências em investimentos sustentáveis na Ásia.

Pilar ambiental vai ganhar importância

“O que você vai ver é o pilar ‘E’ do ESG ganhando importância”, disse, referindo-se aos critérios ambientais.

Wu destacou que Coreia do Sul, Japão e China assumiram compromissos para alcançar emissões líquidas de carbono zero — a China tem como meta alcançar a neutralidade de carbono até 2060.

“Isso vai criar uma mudança maciça na maneira como a China usa energia”, disse ela. O país precisará reduzir sua dependência do carvão de cerca de 60% para cerca de 2% ou 3%, disse ela.

“Em seu lugar, veremos a capacidade de energia renovável crescendo em dobras”, disse ela. “Dentro da energia renovável, a geração de energia solar vai dobrar nos próximos cinco anos”, previu.

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