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Fusão do Carrefour pode ser bloqueada na França

Ministro afirma que venda do maior empregador do país para grupo canadense ameaça a soberania alimentar do povo francês

Fachada de loja Carrefour, destaque para o logo

Rede é a maior empregadora do setor privado da França, e sua venda preocupa o governo | Foto: AE

O governo francês pode bloquear uma proposta de aquisição do Carrefour pela operadora canadense de lojas de conveniência Alimentation Couche-Tard para proteger empregos e a cadeia de abastecimento alimentar da França, disse o ministro das finanças do país, Bruno Le Maire.

Em entrevista à emissora TV France 5 na noite de quarta-feira, 13, Le Maire expressou oposição ao negócio.

“O que está em jogo aqui é a soberania alimentar do povo francês”, afirmou. “A ideia de que o Carrefour possa ser comprado por um grupo estrangeiro – em princípio, não sou a favor de tal movimento.”

O Carrefour é o maior empregador do setor privado da França e, como outras grandes redes de supermercados, desempenha um papel importante na distribuição de alimentos, disse Le Maire.

Em meio a dúvidas sobre a fusão, a ação do Carrefour recuava 5,56% na Bolsa de Paris, por volta das 8h (horário de Brasília).

Ações dispararam com negociações

Antes das declarações do ministro francês, as ações do Carrefour disparam 14% na Bolsa de Paris após a empresa confirmar negociações de uma possível fusão com a Couche-Tard.

De acordo com a Couche-Tard, as discussões sobre uma “potencial transação amigável” foram iniciadas, mas os termos ainda estão sujeitos a discussão.

O Carrefour informou, em nota, que as discussão ainda são “muito preliminares”.

O Carrefour é um dos principais varejistas de alimentos do mundo, enquanto a Couche-Tarde é líder na indústria canadense de lojas de conveniência e, nos Estados Unidos, é a maior operadora independente de lojas no setor.

Às 09h03 (de Brasília) de quarta-feira, as ações do Carrefour subiam 14,02% na bolsa de Paris. Com o impulso, o índice CAC 40 conseguia se descolar dos pares europeus e defendia o positivo, em alta de 0,04%. (AE)

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