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Entenda a fusão entre Dasa e Amil que cria uma gigante do setor de saúde

Acordo entre operadora e prestadora de serviços nasce como segunda maior do setor, atrás apenas da Rede D’Or

Fachada do hospital Leforte Liberdade, da DASA, em São Paulo | Divulgação/Leforte.com.br

Fachada do hospital Leforte Liberdade, da DASA, em São Paulo | Divulgação/Leforte.com.br

A Dasa e a Amil fecharam acordo por uma fusão que resulta na criação da Ímpar Serviços Hospitalares, uma nova empresa com receita líquida anual de R$ 10 bilhões e Ebitda de R$ 777 milhões. A Ímpar começa a operar com 4,4 mil leitos e uma rede de 25 hospitais. A nova empresa se torna a segunda maior rede hospitalar, atrás apenas da Rede D’Or.

Essa união estratégica aumenta a consolidação no setor de saúde, unindo operadoras e prestadores de serviço, até então apartadas, e criando uma nova realidade no mercado de saúde. A Ímpar, que já traz o nome do grupo hospitalar da família Bueno, traz uma combinação de ativos que inclui 25 hospitais principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

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A transação não inclui hospitais do Nordeste, como o Hospital da Bahia e São Domingos, além da rede de clínicas oncológicas Amo. Juntos, estes ativos geraram um EBITDA de R$ 310 milhões no ano passado e podem ser vendidos no futuro. Da parte da Amil, os hospitais Monte Klinikum e Promater também não fazem parte do acordo.

Fusão traz potencial e atenção redobrada às dívidas

Com o acordo, a Dasa vê sua alavancagem reduzida de 4,2x para aproximadamente 3x o Ebitda, beneficiando-se da transferência de uma dívida de R$ 3,85 bilhões para a nova empresa Ímpar. A transação, que ainda aguarda aprovações regulatórias, também envolve a possibilidade de uma listagem futura da Ímpar no mercado de ações.

A fusão parcial, na análise do time de Research do Banco Safra, tem muito potencial, mas exige atenção. A economia do negócio depende de boa execução por parte da administração, criando valor para os acionistas da Dasa – que tem uma dívida relevante. A instituição mantém recomendação de compra, refletindo um potencial de valorização de 36% em relação ao cenário base.

Investidores da Dasa podem antecipar não apenas uma expansão significativa na atuação da empresa, mas também um movimento de reestruturação financeira que pode destravar valor para os acionistas, com a redução da dívida e a potencial venda de ativos não essenciais.

(Com informações do Valor Econômico)

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