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Para o G-7, clima do planeta é meta principal

Cúpula dos países mais ricos do mundo fala em "transformação verde" e planeja cortar as emissões de poluentes a zero até 2050

O presidente americano Joe Biden comemorou a volta dos EUA ao Acordo Climático de Paris nas suas redes sociais | Foto: Divulgação

Em comunicado divulgado logo após reunião entre líderes nesta sexta-feira, 19, o G-7, grupo que reúne as sete maiores potências mundiais, afirmou que colocará a questão climática no centro de seus planos.

O grupo informou que buscará consenso para solucionar questões relacionadas à tributação internacional no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até meados de 2021.

Seguindo as premissas do Acordo de Paris, o G-7 prometeu entregar uma “transformação verde” para cortar as emissões de poluentes a zero até 2050. O debate sobre a questão climática voltou a ganhar força com a volta dos Estados Unidos no Acordo de Paris, formalizada hoje. O presidente americano Joe Biden comemorou o assunto nas suas redes sociais.

De acordo com o comunicado da reunião realizada nesta sexta, o grupo irá cooperar com um sistema de comércio internacional moderno, mais livre e justo, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) no centro.

Apoio à recuperação da economia

Os líderes também concordaram em continuar com o apoio à economia, de forma a proteger empregos e sustentar a recuperação após a crise.

No curto prazo, o comunicado também afirma que os governos do G-7 vão trabalhar de forma conjunta com a indústria para acelerar a produção, o desenvolvimento e a distribuição de vacinas para a covid-19.

O grupo ainda reafirmou seu suporte à iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio de financiamento e compartilhamento de doses de vacinas.

Volta dos EUA ao acordo do clima

Em discurso durante Conferência de Segurança de Munique, o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, declarou que as mudanças climáticas representam uma das mais complexas questões de segurança, e felicitou a volta do país ao Acordo de Paris.

Entre os dados apresentados, o ex-secretário de Estado mencionou a situação extrema do Texas, que enfrenta uma nevasca histórica, deixando pessoas desabrigadas, sem eletricidade e sem água. As altas temperaturas na Europa e o descongelamento no ártico também provocam alerta.

Kerry criticou também a postura do ex-presidente americano Donald Trump, ao relembrar que os EUA passaram os últimos 3 anos perdidos em relação às questões climáticas, e reforçou que atualmente, apenas 2 países estão cumprindo o acordo de Paris.

Entre as propostas para lidar com a crise, Kerry fala em limitar o aumento da temperatura a 2ºC e precificar o carbono para reduzir emissões, caso contrário, será impossível lidar com o aquecimento global. “Temos até 2030 para entrar no caminho para cumprir as metas favoráveis ao clima”, disse. (AE)

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