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Games podem engajar crianças e adolescentes na aprendizagem

Em evento realizado pelo Safra, especialistas destacam os testes e habilidades trabalhados com os mais novos no ambiente virtual

Quando controlados, os jogos auxiliam no desenvolvimento de habilidades que métodos tradicionais podem acabar por limitar a evolução

Motivo de preocupação entre milhares de pais, os games, quando controlados e dosados, podem ajudar no engajamento do processo educacional de crianças e adolescentes.

Além disso, os jogos auxiliam no desenvolvimento de habilidades que métodos tradicionais podem acabar por limitar a evolução.

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Estas são as conclusões de especialistas que participaram do segundo dia do “Future 10: Games”.

O evento faz parte de uma série de debates sobre mercados inovadores e é promovido pelo Banco Safra.

Tendo como tema “Universo Gamer e a Transformação Sociocultural”, profissionais que trabalham os games com foco na aprendizagem explicaram como os jogos saíram da bolha do lazer para complementar a educação.

Nesse sentido, Santiago Andreuzza, cofundador do Clube de Habilidades, destaca o poder de atração de um jogo que pode ser aproveitado, uma vez que muitas crianças “já nascem com o tablet na mão”.

“Um dos desafios hoje de qualquer espaço de aprendizagem é justamente o engajamento. Esse desafio se dá por diversas distrações digitais e outros lugares que não são aquela plataforma muitas vezes”, diz Andreuzza, cuja empresa trabalha com pessoas da faixa etária de 8 a 12 anos.

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De acordo com Mariz Tereza de França, coordenadora de produtos da Play Kids, o ambiente dos games é capaz de ampliar as possibilidades para que crianças aprendam errando e acertando.

“As crianças aprendem como o mundo funciona testando suas hipóteses. Exemplo disso é do bebê de colo que fica jogando um brinquedinho e o adulto vai e devolve, até que alguém se cansa nesse processo. A criança está aprendendo como é a gravidade com o brinquedo que cai, qual é a força que ela tem e a tolerância que ela tem na interação com a família”, explica França.

"O ambiente 'gamificado' amplia o cenário em que esses testes de hipóteses e esse conhecimento da realidade vai acontecer, para que seja um ambiente onde ela conheça sobre si e possa desenvolver habilidades".

O que se busca para as crianças com os games

Felipe Hayashida, COO da desenvolvedora Afterverse, afirma que para os games se tornarem efetivamente uma ferramenta às crianças, é importante que haja 'liberdade na medida certa' para que os pequenos possam criar.

“Os produtos são feitos para criar universos onde as pessoas não só sigam experiência linear, mas também que elas consigam se expressar, criar ali dentro e fazer parte desse mundo. Isso vai desde a preocupação em manter o ambiente seguro até a criar a própria dinâmica do jogo e o desenho de como ele funciona".

Dessa forma, um jogo com objetivo bem definido apoia em questões consideradas essenciais pelos pais, como o aprendizado específico para cada faixa etária e o desenvolvimento saudável aliado à alegria dos filhos.

"Eles (pais) buscam atividades que permitam o desenvolvimento do letramento, atividades com cores, números e formas. Um processo de alfabetização como um todo e que pode ser mais divertido", conta França.

Andreuzza aponta ainda benefícios socioemocionais que puderam ser observados na prática com as famílias que participam do Clube de Habilidades, como senso de colaboração e comunicação

“Várias crianças que tinham um pouco mais de problema com agressões verbais e ambientes tóxicos passaram a se controlar, porque sim, existe frustração, existe raiva e momentos ruins. Mas o que a gente tem que trabalhar é justamente uma cultura saudável e saber como gerenciar isso”.

O debate completo sobre a transformação sociocultural dos games pode ser assistido pelo vídeo no canto superior à direita, dentro do canal do Safra, no YouTube.

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