Acordo entre Google e Facebook sobre anúncios é investigado na Europa
Investigação antitruste da União Europeia e do Reino Unido vai apurar se empresas tentaram fixar preços de forma ilegal
11/03/2022A União Europeia (UE) e o Reino Unido abriram investigações antitruste para apurar se a Alphabet, controladora do Google, e a Meta Platforms, dona do Facebook, tentaram fixar preços de anúncios digitais de forma ilegal.
A Comissão Europeia, braço executivo da UE, disse que ela e o órgão de concorrência britânico estão investigando um acordo de 2018, conhecido como “Jedi Blue”, que veio à tona como parte de um processo judicial iniciado há um ano e meio por um grupo de Estados americanos liderados pelo Texas.
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O processo argumenta que o Google deu à Meta termos especiais e acesso ao seu servidor de anúncios, uma ferramenta utilizada para definir espaços de anúncios na internet, exigindo que o Facebook abandonasse uma tecnologia da concorrência que poderia prejudicar o predomínio do Google em anúncios online.
Tanto o Google quanto a Meta contestaram a forma como o processo caracterizou o acordo e disseram que o Google não concedeu tratamento preferencial à Meta.
Outros processos enfrentados por Google e Facebook
Não é de hoje que Google e Facebook têm imbróglios com a Justiça, principalmente com a europeia, quanto a anúncios.
Em junho de 2021, o Google fez um acordo com as autoridades na França para pagar uma multa de 220 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão).
Nesse caso, o problema enfrentado também foi uma ação antitruste relacionada à publicidade.
Já o Facebook, que tem enfrentado denúncias por desinformação desde o segundo semestre do ano passado.
A companhia de Mark Zuckerberg também é acusada de tentar eliminar a concorrência ilegalmente, dentro dos Estados Unidos.
Além das duas gigantes, quem também tem encarado problemas na Europa é a Amazon, devido a acusações de abuso de poder empresarial e também, por violar normas de proteção de dados no Velo Continente.
Em julho do ano passado, a Amazon foi multada de 746 milhões de euros (R$ 4,7 bilhões) pela Comissão Nacional de Luxemburgo para Proteção de Dados, órgão regulador de privacidade da União Europeia. (Com AE)