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China inicia relaxamento do lockdown em Xangai

Relaxamento deve favorecer os mercados, já que a política chinesa contra a covid tem sido uma das principais preocupações dos investidores nas últimas semanas

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Cidades completamente fechadas significam redução das importações e inviabilizam as exportações | Foto: Getty Images

Supermercados, centros comerciais e restaurantes vão reabrir com restrições em Xangai, na China, a partir desta segunda-feira, 16, anunciou a vice-prefeita Chen Tong. Ela não esclareceu, porém, se os cidadãos de Xangai – em quarentena desde o fim de março – poderão sair de suas casas. O relaxamento deve favorecer os mercados, já que a tolerância zero do governo chinês contra a covid-19 vem sendo um dos principais fatores de preocupação dos investidores nas últimas semanas.

Mercados agrícolas também poderão reabrir em Xangai a partir desta semana, embora com medidas para que as transações sejam feitas “sem contato humano”. Os restaurantes reabrirão apenas para oferecer comida para viagem.

Saiba mais

O departamento de transporte de Xangai alertou que o metrô seguirá fechado. Não se sabe quando esse serviço será retomado. Os moradores de Xangai aguardam para saber como as novas medidas serão aplicadas. Embora o confinamento coletivo tenha começado oficialmente em março, há moradores que estão isolados há mais tempo.

Os cidadãos que receberam permissão para retornar ao trabalho foram colocados em um “sistema fechado” semelhante ao usado para as Olimpíadas de Inverno de Pequim, em fevereiro. Isso significa que eles não podem voltar para suas casas, mas devem morar em seus escritórios.

A China relatou neste domingo 1.718 novos casos de covid-19 transmitidos localmente, embora a grande maioria dos infectados estejam assintomáticos.

Lockdown em Xangai preocupa investidores por seus efeitos na economia global

Cidades completamente fechadas significam redução das importações e inviabilizam as exportações – sobretudo de bens industriais –, o que pode pressionar ainda mais a inflação e reduzir a atividade econômica em todo o mundo.

Apenas com o lockdown em Xangai, estima-se que a venda de carros na China tenha despencado 48% em abril, na comparação com igual período de 2021. A cidade é responsável por 3,8% do PIB chinês, mas tem o maior porto de contêineres do mundo. Em abril, a Apple informou que a situação na China pode lhe custar entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões em vendas perdidas. (AE)

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