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Governo vai remover 1,5 mil pacientes de Manaus

Ministro Eduardo Pazuello justifica que remoção em aviões da FAB é necessária para desafogar os hospitais da capital do Amazonas

Vacinação de indígenas

Vacinação na aldeia Umariaçu, próximo a Tabatinga, Amazonas: prioridade a indígenas | Foto: Agência Brasil

O governo federal pretende transferir cerca de 1.500 pacientes infectados pelo novo coronavírus do Amazonas para outros estados, informou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira, 26.

Ele esteve na reabertura do Hospital Nilton Lins para atendimento a pessoas em tratamento de covid-19, em Manaus, e disse que a remoção é necessária para equilibrar a demanda e a oferta por leitos na capital do Amazonas.

Segundo o ministro, cerca de 300 pacientes já foram transportadas em aviões da Força Aérea Brasileira.

Número de pacientes triplicou

Segundo o último balanço divulgado pelo governo do Amazonas, a lotação de hospitais públicos e privados de todo o estado em decorrência do aumento do número de casos, após as festas de fim de ano, motivou a transferência de 277 pacientes para 11 estados: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e para o Distrito Federal.

O ministro Pazuello disse que “o salto da contaminação” pelo novo coronavírus verificado neste início de ano é fruto de uma “situação completamente desconhecida” que fez com que o número de casos da doença quase triplicasse de forma muito rápida.

Segundo Pazuello, parte da situação se explica pela ação de uma nova variante do novo coronavírus. “Estamos observando que é uma cepa diferente. Mandamos todo o material coletado para a Inglaterra, para que seja estudado em Oxford, para termos uma posição exata sobre o grau de contaminação e de agressividade desta nova cepa”, destacou o ministro.

Enfermaria de campanha

O ministro garantiu que a falta de oxigênio hospitalar já foi equacionada, permitindo o funcionamento de novos leitos hospitalares. Além do Hospital Nilton Lins, reaberto hoje, o governo do estado e o Ministério da Saúde vão inaugurar amanhã a enfermaria de campanha que o Exército montou na área externa do Hospital Delphina Aziz, em Manaus.

Segundo o ministro, a enfermaria com 50 leitos clínicos segue o modelo preconizado pelo SUS.

Pazuello ressaltou que as 452 mil doses de vacina contra o novo coronavírus já entregues ao governo do estado devem ser empregadas para iniciar a vacinação de indígenas em aldeias; idosos que vivem em instituições de longa permanência e cerca de 87% dos profissionais de saúde do estado.

O Amazonas recebeu 5% de todas as vacinas que chegarem ao Brasil, diante do quadro grave da infecção no Estado. Com isso, a cidade de Manaus recebeu 100 mil doses de vacinas extras para atender os idosos acima de 70 anos.

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