Guerra afeta fabricantes de máquinas, segundo Abimaq
Conflito na Ucrânia abala esforço de exportação para a Eurásia e especialmente para a Rússia, que vinha ganhando participação nas compras
03/03/2022
Em janeiro, as exportações para a Rússia somaram US$ 32 milhões, 4,9% dos US$ 718 milhões exportados, segundo a Abimaq | Foto: Getty Images
A guerra na Ucrânia pode afetar os fabricantes de máquinas e equipamentos brasileiros. A Rússia vinha ganhando importância nas exportações, principalmente de máquinas agrícolas. Em janeiro, por exemplo, as vendas externas para o mercado russo somaram US$ 32 milhões o que representou 4,9% de participação dos US$ 718 milhões exportados, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
No início da série histórica, em 1997, a participação da Rússia nas exportações de máquinas e equipamentos era praticamente inexistente, 0,01%, com US$ 679 mil. Já no ano passado, já somava US$ 152 milhões e representava 1,5% das vendas externas, segundo a diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, Maria Cristina Zanella,
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“Havia um esforço das empresas brasileiras em ganhar mercado na região da Eurásia”, disse Zanella. “No ano passado, as exportações cresceram mês a mês e começamos 2022 com bom ritmo, agora, esses negócios devem ser suspensos.”
Receita do setor de máquinas desacelera em janeiro
Pelos dados da Abimaq, em janeiro o setor obteve uma receita líquida de R$ 19,81 bilhões, uma queda de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2021. No 12 meses terminados em janeiro, o faturamento total cresceu 18,5%.
Já o consumo aparente (produção e importações menos exportações), foi de R$ 27,02 bilhões, com queda de 5% em relação a janeiro de 2020. Nos 12 meses, cresceu 15,1%.
Durante o mês de janeiro, houve novo recuou no nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira de máquinas e equipamentos, desta vez de 1,9 pontos percentuais. Foi a quinta queda seguida, e o uso da capacidade instalada ficou em 77,6%.
A carteira de pedido, medida em número de semanas para atendimento, interrompeu a queda observada nos últimos três meses ao crescer 5,4% em relação a dezembro do ano passado.
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