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Home office flex é nova tendência do mercado

Estudo mostra empresas e trabalhadores brasileiros preferem o modelo híbrido de trabalho, presencial e remoto

Mesa com pessoa em home office, com laptop e objetos de escritório

Mais de 93% dos brasileiros querem ter ao menos um dia de home office para sempre, diz MIT Technology Review | Foto: Getty Images

Uma das grandes mudanças no estilo de vida da sociedade que veio e deve ficar para o futuro na esteira da pandemia de covid-19 foi o trabalho remoto – o popular home office.

O movimento de empresas extinguindo a obrigatoriedade do trabalho presencial para algumas áreas, como Twitter, LafargeHolcim (maior do mundo de materiais de construção) e até a Petrobras leva a crer que a tendência se consolidou.

No entanto, será o home office ganhará tração à medida que a pandemia arrefecer com a vacinação em massa?

Segundo uma pesquisa da Technology Review Brasil, uma das
principais publicações de tecnologia e negócios do mundo, o futuro será híbrido.

O estudo entrevistou 1.400 profissionais de forma eletrônica e anônima para identificar qual será o caminho futuro do trabalho remoto.

A publicação reuniu ainda evidências de outras instituições como Fundação Getulio Vargas, Fundação Dom Cabral e consultorias como a KPMG.

A MIT Techonology Review Brasil tem a chancela do prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos.

Quem quer home office

O home office parece ter caído nas graças do trabalhador brasileiro.

Segundo a publicação, 93,5% das pessoas querem ter ao menos um dia de trabalho remoto na semana. O restante da amostra (6,5%) afirmou não querer mais trabalhar de casa.

Com relação à faixa etária, a pesquisa mostra uma quebra com a ideia pré-concebida de que o trabalho remoto é moda entre os jovens.

Quase metade (48%) dos entrevistados entre 35 e 44 anos afirmaram que não querem mais voltar ao escritório.

Já para os mais jovens, o percentual é bem menor, sendo de apenas 8% entre os que têm menos de 24 anos.

Entre os entrevistados com idade entre 25 e 34 anos, 12% disse não desejar mais o modelo presencial.

Porém, uma expectativa foi confirmada pelos entrevistados: todos acreditam que, quando a pandemia acabar, as companhias vão adotar um modelo híbrido, alternando dias no escritório e em casa.

Portanto, para a MIT Technology Review, o “modelo ideal de trabalho híbrido seria de um ou dois dias em casa e o restante da semana no escritório”.

E as empresas, querem?

As empresas parecem estar alinhadas aos seus funcionários com relação ao regime de trabalho remoto.

Um dado apresentado pela MIT Technology Review mostra que 80% das empresas brasileiras devem ter algum esquema de home office pós-pandemia.

A publicação também cita um estudo da consultoria Cushman & Wakefield com 122 executivos de multinacionais que atuam no Brasil.

De acordo com a consultoria, 73,8% das empresas pretendem instituir o home office como prática definitiva no país após a pandemia.

Vantagens e desvantagens

Mesmo com a aparente boa aceitação de funcionários e empresas, o home office, assim como o modelo presencial, tem seus prós e contras.

Entre as vantagens, o MIT Technology Review elenca melhora na produtividade, reuniões com mais foco e redução de custos, tanto para empresas (aluguel, luz e etc) quanto para o trabalhador (alimentação).

O aumento da qualidade de vida também é apontado como destaque positivo, com mais tempo livre ao funcionário – sem o deslocamento ao trabalho – e junto à família.

Na contramão, a publicação destacou o prejuízo de infraestrutura como desvantagem do home office.

Mapeamento feito pelos pesquisadores Sarah H. Bana, Seth G. Benzell e Rodrigo Razo Solares, do MIT, indicou que o Brasil foi classificado como o quinto país do mundo, de uma lista de 30, com maior dificuldade para se implementar o trabalho em casa.

Fora o problema estrutural, também são listados de forma negativa danos às relações interpessoais, como falta de contato com os colegas, menos participação de algumas pessoas em reuniões, dificuldade no alinhamento e até perda de concentração por causa das tarefas do lar.

O estudo completo da MIT Technology Review está disponível para download gratuito, por tempo limitado, neste link.

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