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Com otimismo externo, Ibovespa sobe e supera os 110 mil pontos

A Bolsa avançou 1,46%, aos 110.235 pontos, depois de oscilar entre 108.657 e 110.362 pontos; o volume financeiro chegou a R$ 28,47 bilhões

Mercado financeiro

O Ibovespa subiu com o mercado mais propenso ao risco e engatou e sétima alta seguida | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta quarta-feira, 10, com o mercado mais propenso ao risco e engatou e sétima alta seguida.

A Bolsa avançou 1,46%, aos 110.235 pontos, depois de oscilar entre 108.657 e 110.362 pontos. Foi o melhor resultado para o índice desde 7 de junho (110.070). O volume financeiro chegou a R$ 28,47 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o índice acumula ganhos de 3,53 na semana e de 6,85% em agosto. No ano, o Ibovespa sobe 5,16%.

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O mercado ficou mais animado tanto nos negócios locais quanto lá fora após os dados favoráveis da inflação nos Estados Unidos. Os índices americanos fecharam em forte alta nesta sessão. Dow Jones avançou 1,63%, S&P 500 subiu 2,10% e Nasdaq evoluiu, 2,89%.

O dado que mede a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho veio estável em relação ao mês anterior.

Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, subiu 0,3% no comparativo, a menor desde março e bem abaixo do consenso de 0,5%.

Conforme os dados, em 12 meses, a inflação nos Estados Unidos recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho.

Com este desempenho dos preços no mercado americano, reforça a tendência de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) seja menos agressivo nas medidas monetárias para controlar a inflação.

“O mercado entende que isso pode tirar fichas das apostas de aumento de 75 pontos-base dos Fed em setembro. Localmente, houve queda maior das vendas no varejo brasileiro em junho, o que ajuda a corroborar o cenário de fim de ciclo de aperto monetário”, afirmou Fernanda Consorte economista chefe do Banco Ourinvest.

Para Fabio Fares, especialista em macro da Quantzed, o CPI veio muito melhor do que qualquer um esperava com alta de 8,5%, dado de desaceleração em relação à alta de 9,1% em junho.

“Com isso, bolsa dispara para cima, tanto nos EUA como no Brasil. Com a Selic a 13,75%, o carrego fica mais interessante. Número muito bom e mercado animado. Mas é só um número bom, tem muita água para rolar ainda”, disse Fares.

No mercado interno, o mercado avalia os dados de vendas do varejo no País que recuaram 1,4% na passagem do mês de maio para junho. É a segunda variação negativa consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior.

O resultado de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 2,9%.

No primeiro semestre do ano, há uma alta acumulada de 1,4% frente ao mesmo período de 2021, e, nos últimos 12 meses, perda de 0,9%. Nesse último indicador, também é o segundo mês consecutivo no campo negativo, o que não acontecia desde agosto de 2017.

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