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Ibovespa retoma os 115 mil pontos na semana, puxado por Vale e Petrobras

Valorização do minério de ferro puxa ações da Vale e Petrobras é favorecida pelo aumento da demanda global de energia; dólar cai para R$ 5,02

Interior da B3, a bolsa de valores brasileira

Ibovespa fecha a semana em alta puxado especialmente por ações ligadas ao setor de commodities | Foto: Divulgação/B3

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta na sexta-feira, 18, e bateu os 115 mil pontos. O índice acelerou os ganhos no final da sessão puxado especialmente por ações ligadas ao setor de commodities, como Vale e Petrobras.

O Ibovespa subiu 1,98%, para 115. 310 pontos. A Petrobras (PETR4), avançou 2,13%, para R$ 30,65 o papel. Já a Vale (VALE3) era negociada a R$ 95,80, alta de 1,59%. Na semana, o índice subiu 3,22%. O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,37%, para R$ 5,0158.

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A alta dos papeis das duas empresas de commodities, no entanto, ocorreram por razões distintas. Enquanto a Vale seguiu influenciada pelo preço do minério de ferro e decisões da China, o ambiente doméstico foi o mais relevante para a Petrobras.

Nesta sexta-feira, a estatal divulgou esclarecimentos sobre o recente reajuste de preços dos combustíveis. Segundo a companhia, o repasse da alta dos preços do petróleo não ocorreu de forma imediata e que o aumento para as refinarias representa apenas parte da forte alta da commodity.

“Somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP”, afirma

O petróleo, tipo Brent, depois de operar em estabilidade, acelerou os ganhou e fechou acima de US$ 107. A commodity subiu 1,21% chegando a US$ 107,93 o barril, depois de bater US$ 109 no início dos negócios. Na semana, no entanto, o óleo apresentou queda de 4,2%. Em 52 semanas, o óleo já variou de US$ 60,27 a US$ 139,13.

A Petrobras informou também que segue em ambiente de muita incerteza, com aumento na demanda por combustíveis no mundo, num momento em que os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta, gerando uma competição pelo fornecimento de produtos.

 “Isso reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam alinhados ao mercado global para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto”, diz.

Já a Vale seguiu impulsionada pela alta do minério de ferro, que fechou em US$ 150,05 a tonelada, ganhos de 3,44%, no porto chinês de Qingdao, ainda de olho em medidas expansionistas na China.

Em Nova York, os índices também ganharam força. “Em parte aqui sobe por ações ligadas a commodities, com a China incentivando a economia e pela expectativa de que uma solução da guerra esteja menos distante”, avalia Mauro Morelli, estrategista-chefe da Davos Investimentos.

O alivio na curva de juros também ajudou o Ibovespa. “Também tivemos muita notícia positiva ao longo da semana, que são boas para empresas exportadoras, como a de que a China dará sustentação ao mercados de capitais”, disse Edmar de Oliveira, operador da mesa de renda variável da One Investimentos. “Ações desse segmento têm sido o porto seguro da Bolsa, de fato.” (Com AE)

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