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Bolsa fica estável nos 119 mil pontos e dólar sobe a R$ 4,90

O Ibovespa cedeu 0,08%, aos 119.176,67 pontos, após acumular ganho de quase 6% em cinco sessões; Dólar sobe após 5 pregões em queda

Mercado cotações

Na semana, o índice da Bolsa brasileira sobe 0,86% e, no mês, 5,33% | Foto: Getty Images

O Ibovespa cedeu 0,08%, aos 119.176,67 pontos, após acumular ganho de quase 6% nas cinco sessões anteriores, em série iniciada em 31 de outubro. Na semana, o índice sobe 0,86% e, no mês, 5,33%. No ano, avança 8,60%. O giro financeiro desta quarta-feira se manteve acima de R$ 20 bilhões, a R$ 23,6 bilhões.

Vindo de ganhos nas cinco sessões anteriores, no que foi sua mais extensa sequência positiva desde outra série de cinco altas entre 20 e 26 de julho, o Ibovespa mostrou correlação com o sinal dos índices de Nova York e especialmente do petróleo neste meio de semana, em que Petrobras (ON -2,36%, PN -2,15%) piorou ao longo da tarde, alinhada à acentuação de perdas na commodity, movimento que colocou o Brent abaixo de US$ 80 por barril nesta quarta-feira.

Até o início da tarde, o Ibovespa mostrava variação restrita na sessão, com os índices de ações em Nova York oscilando então em torno da estabilidade. Depois, firmaram direção negativa, embora moderada depois do meio da tarde, com o Dow Jones ainda em leve baixa de 0,12% no fechamento, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq conseguiam reverter ao positivo, em alta de 0,10% e de 0,08%, respectivamente.

Além de Petrobras, o dia foi fraco para Vale (ON +0,07%), que esboçava alta um pouco mais firme com o avanço de 1% para o minério de ferro em Dalian nesta quarta-feira. Por outro lado, a sessão acabou se mostrando bem positiva para as ações de grandes bancos, que operavam mais cedo sem direção única.

O alinhamento em alta contribuiu para moderar as perdas do Ibovespa, do meio para o fim da tarde, com destaque para Banco do Brasil (ON +1,27%), que divulga balanço trimestral após o fechamento de hoje, e especialmente para Santander (Unit +2,87%), na máxima da sessão no fechamento.

No melhor momento desta quarta-feira, ainda pela manhã, o Ibovespa ficou bem perto de retomar a linha dos 120 mil pontos, não vista no intradia desde 7 de agosto e, em fechamento, desde o dia 3 daquele mesmo mês. Hoje, na máxima da sessão, o Ibovespa foi aos 119.975,84, com mínima à tarde aos 118.463,87 pontos. Na abertura, o índice da B3 mostrava 119.268,06 pontos.

Em evento em Nova York nesta quarta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que juros elevados nos países desenvolvidos forçam os emergentes a fazer o dever de casa, na medida em que a liquidez no mundo se torna mais restrita. “Precisamos fazer o dever de casa porque a liquidez não está mais disponível como antes”, disse Campos Neto, em evento da Valor Capital nesta tarde.

Destaques do Ibovespa

Na B3, na ponta do Ibovespa na sessão, destaque nesta quarta-feira para Ultrapar (+7,27%, na máxima do dia no encerramento), cujos resultados trimestrais resultaram em mitigação para o índice da B3 no ajuste final da sessão, colocando-o bem perto do zero a zero no fechamento. Destaque também para Totvs (+5,65%), após balanço trimestral na noite anterior, à frente na sessão de hoje de TIM (+4,04%) e de Embraer (+3,92%).

No lado oposto, outra empresa que divulgou números trimestrais na noite de ontem, Dexco (-12,19%), seguida por BRF (-9,05%), Raízen (-4,76%) e Arezzo (-4,70%) – empresa que também publicou balanço após o fechamento da terça-feira.

Assim, atento aos números corporativos e voltando a se alinhar à cautela externa, o mercado deixou em segundo plano a boa leitura sobre as vendas do varejo em setembro, divulgada de manhã pelo IBGE. A leitura trouxe expansão de 0,6% para as vendas, na margem, quando a expectativa de consenso para o mês apontava estabilidade.

No pano de fundo, o mercado acompanha também a tramitação da reforma tributária, cujo parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com acolhimento de parte das emendas, o que ampliou um pouco mais o rol de exceções – a alteração deve fazer com que a proposta volte para a Câmara, após a conclusão da tramitação no Senado. A proposta deve ser deliberada pelo plenário do Senado nesta quarta-feira.

Dólar sobe a R$ 4,90

Após cinco pregões seguidos de baixa, em que acumulou desvalorização de 3,40%, o dólar à vista subiu na sessão desta quarta-feira, 8, e voltou a fechar acima do nível de R$ 4,90. Segundo operadores, o ambiente externo avesso ao risco, com perdas de divisas emergentes, abriu espaço para um movimento de realização de lucros no mercado doméstico. Embora com menor peso na formação da taxa de câmbio, jogou também contra o real certo desconforto com o quadro fiscal doméstico, após o déficit maior que o esperado do setor público consolidado em setembro.

Com mínima a R$ 4,8720 e máxima a R$ 4,9170, à tarde, o dólar à vista fechou em alta de 0,66%, cotado a R$ 4,9071. Apesar do repique hoje, a divisa apresenta baixa de 2,66% no mês. O escorregão do real se deu em um ambiente de liquidez bem moderada no mercado futuro de câmbio. Isso sugere que não há uma reversão de tendência ou mudança relevante de posicionamento dos investidores. (AE)

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