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Ibovespa fecha em alta pela primeira vez na semana

O índice fechou o dia aos 118 mil pontos, depois de uma realização de lucros nos três últimos pregões.

Mercado financeiro

Ibovespa fecha em alta puxado por otimismo após divulgação de dados sobre inflação | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em alta de 1,46% nesta quinta-feira (29), aos 118.382 pontos, com os ganhos praticamente generalizados entre os segmentos financeiros. É a primeira alta do índice nesta semana, depois de uma realização de lucros nos últimos pregões.

Após três sessões em moderada correção, o Ibovespa retomou trajetória positiva na penúltima sessão do mês. Em junho, o índice da B3 volta a mostrar ganho na casa de 9%, a 9,27%, perto de superar o desempenho de dezembro de 2020 (+9,30%), então aos 119 mil no encerramento daquele ano.

Se sustentar avanço adicional amanhã, será o melhor mês para o Ibovespa desde novembro de 2020 (+15,90%).

O giro financeiro desta quinta-feira foi a R$ 24,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa ainda mostra perda de 0,50% – no ano, sobe 7,88%.

O dia foi amplamente positivo para as ações de maior peso no índice, como Vale (ON +1,22%), Petrobras (ON +1,10%, PN +0,45%) e grandes bancos, como Bradesco (ON +1,26%), Itaú (PN +1,21%) e Santander (Unit +1,56%). Na ponta do Ibovespa, Pão de Açúcar (+13,00%), após receber proposta de US$ 836 milhões (cerca de R$ 4 bilhões) pela participação da empresa no Grupo Éxito, à frente de Yduqs (+10,08%) e JBS (+6,67%) na sessão. No canto oposto, apenas seis papéis da carteira do índice tinham sinal negativo no fechamento: 3R Petroleum (-1,04%), Klabin (-0,64%), Taesa (-0,30%), Carrefour Brasil (-0,27%), Suzano (-0,27%) e Azul (-0,05%).

Ao longo do dia, o mercado acompanhou a divulgação de dados importantes no Brasil, como a desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho, que teve deflação de 1,93%, perto do piso das estimativas do mercado, além da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre a meta de inflação.

Revisão da taxa de juros

Em declarações dadas em coletiva após a reunião do Conselho Monetário Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há “grande expectativa” no governo para que o Banco Central promova “cortes consistentes” no patamar da taxa de juros, já a partir de agosto.

Haddad frisou que a expectativa da Fazenda sobre o corte de juros também leva em consideração a preocupação com o crescimento econômico.

“Temos razões para nos preocupar com a desaceleração econômica que está sendo vista para 2024”, disse o ministro, segundo quem o governo quer garantir para a sociedade um 2024 “melhor” que o ano de 2023.

“Entendemos que praticar taxa de juros de 9% em termos reais é algo que deveria ser revisto em proveito da sociedade, à luz dos indicadores, que está toda a nação brasileira acompanha”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda ainda anunciou que o Conselho decidiu adotar uma meta de inflação “contínua”, em 3%, a partir de 2025, com 1,5 ponto percentual de tolerância para mais ou para menos. Haddad compartilhou a informação após participar de reunião do CMN ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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