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Ibovespa fecha em alta puxado por ações da Vale e do setor financeiro

A Bolsa subiu 0,56%, aos 113.531 pontos, depois de oscilar entre 112.768 e 114.156 pontos; o volume financeiro foi de R$ 23,52 bilhões

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Especialistas do Safra analisam os resultados dos balanços financeiros das empresas e divulgam projeções | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta quinta-feira, 25, com a melhora das cotações das commodities após incentivos oficiais à economia na China e com o mercado em busca de pistas sobre a alta de juros nos Estados Unidos.

A Bolsa subiu 0,56%, aos 113.531 pontos, depois de oscilar entre 112.768 e 114.156 pontos. O volume financeiro girou em torno de R$ 23,52 bilhões. Com o resultado desta quinta-feira, o índice acumula ganhos de 1,84% nesta semana e 9,93% em agosto. No ano, a Bolsa evolui 8,22%.

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O mercado acionário local acompanhou os índices de Nova York que, firmaram alta após uma abertura sem direção definida nesta sessão. Dow Jones subiu 0,98%, S&P 500, 1,46% e Nasdaq, 1,67%.

O que sustentou o Ibovespa no terreno positivo foram as ações ligadas às commodities metálicas e do setor financeiro que subiram forte nesta sessão. O Itaú avançou 1,06%, o Banco do Brasil, 2,11% e Bradesco, 0,67%.

Já a valorização de empresas, como a Vale, vem na esteira da alta dos preços do minério de ferro. O contrato futuro de minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro, na Dalian Commodity Exchange subiu 2,1%, para 721,50 yuans (US$ 105,38) a tonelada, seu maior nível desde 17 de agosto.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais negociado também atingiu seu maior nível desde 17 de agosto, mas encerrou em queda de 0,5%, a 103,15 dólares a tonelada. Com isso, a ação da Vale avançou forte a 1,94%.

Nesta quinta-feira, o Conselho de Estado da China anunciou novas medidas de estímulo à economia, para retomar das cadeias produtivas e manter a produção, além de aquecer o consumo. O novo pacote de incentivo jogará 300 bilhões de yuans (US$ 44 bilhões) na economia chinesa, segundo a mídia estatal. 

Já a Petrobras, que avançava mais de 1% na primeira metade da sessão, passou a recuar e fechou em queda de 1,16% (PETR4) e 0,93% (PETR3). O barril do petróleo também inverteu a rota e fechou no vermelho. O Brent foi negociado a US$ 98,46 em baixa de 1,87%.

Os investidores ainda avaliam os dados econômicos dos Estados Unidos divulgados hoje. O Departamento do comércio americano mostrou na segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, que a economia americana retraiu 0,6% no período, ante estimativa do mercado de queda de 0,5%.

A leitura anterior foi de recuo de 1,6% na comparação com o trimestre anterior. A expectativa era de queda de 0,8%.

Outro evento que continua no radar dos investidores é o simpósio anual do Federal Reserve (Fed, banco central americano), em Jackson, que começou nesta quinta-feira e terá discurso do seu presidente, Jerome Powell, na sexta-feira.

Neste evento, o mercado espera ter indicações de quão forte será a subida da taxa de juros americana na próxima reunião de setembro. As apostas variam entre uma alta de 0,50 pontos percentuais e de 0,75 p.p.

Segundo Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, os investuidores ficaram de “bom humor” após algumas falas de integrantes do Fed no simpósio. O presidente do órgão da Filadélfia, Patrick Harker, por exemplo, defendeu que a autoridade suba os juros a um patamar “restritivo” e os mantenha neste nível “por algum tempo”.

“O que significa que o Fed pode não ter que fazer altas mais expressivas, e sim que faça mais uma alta de 0,75%”, disse Alves. “E, se necessário, altas moderadas e por mais tempo ao invés de um choque de juros com altas mais intensas, o que o mercado vê como positivo por não ter que deprimir a economia nem gerar uma recessão forte para o controle da inflação, o que sinaliza que a busca pelo soft landing (pouso suave) continua.”

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