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Ibovespa reduz ganhos no final e fecha estável

A Bolsa fechou em leve alta de 0,02% aos 112.323 pontos, depois de oscilar entre 111.689 e 113.221 pontos; o volume financeiro girou em R$ 20,5 bilhões

Cotações

Investidores avaliaram também as estimativas de inflação do relatório Focus que reduziu a previsão para o IPCA em 2022 de 6,82% para 6,7% | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, perdeu grande parte dos ganhos e voltou ao desempenho do início do dia e fechou em certa estabilidade, com o mercado ainda avaliando as políticas monetárias nos Estados Unidos.

A Bolsa fechou em leve alta de 0,02% aos 112.323 pontos, depois de oscilar entre 111.689 e 113.221 pontos. O volume financeiro girou em R$ 20,5 bilhões. Com esse desempenho, o índice acumula ganho 8,87% em agosto. No ano, a Bolsa se valoriza 7,15%.

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O mercado acionário local se descolou em parte dos índices americanos que fecharam esta sessão em baixa. Dow Jones recuou 0,57%, S&P 500 cai 0,67% e Nasdaq, 0,02%.

No exterior, os investidores ainda avaliavam as declarações mais duras do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira.

No discurso Powell, reforçou a missão da autoridade monetária em controlar a inflação nos Estados Unidos. O presidente do Fed afirmou que o registro histórico adverte fortemente contra o relaxamento prematuro da política monetária.

Segundo ele, restaurar a estabilidade de preços provavelmente exigirá manter uma postura monetária apertada por algum tempo.

Esta postura mais contracionista nos Estados Unidos e em outros países aumenta o risco de recessão mundial, o que leva os investidores a fugirem de ativos de risco.

No mercado local, as ações da Petrobras sustentaram o Ibovespa no terreno positivo, mesmo com o exterior negativo. Os papéis da estatal fecharam em alta forte 2,50% (PETR4) e 2,16% (PETR3). O bom desempenho da petroleira nesta sessão é em razão da cotação do barril do brent que fechou em US$ 102,93, uma evolução de 3,96%.

Além disso, o Banco Central divulgou as estimativas para a economia. O relatório Focus mostrou que a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,82% para 6,7% neste ano. É a nona redução consecutiva da projeção.

Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5,3%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,41% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 2,02% para 2,10%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 0,37%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.

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