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Setor financeiro e commodities levam Ibovespa à sexta alta seguida

A Bolsa fechou em alta de 0,23% aos 108.651 pontos, depois de oscilar entre 107.841 e 109.331 pontos; o volume financeiro foi de R$ 26,7 bilhões

Mercado financeiro

Os investidores avaliaram também os dados de inflação no país e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que ratificou uma postura menos agressiva do comitê quanto à subida da taxa de juros no Brasil | Foto: Getty Images

O Ibovespa, que operava em quase estabilidade nesta terça-feira, virou o sinal no final do pregão e fechou no território positivo com a alta forte das ações do setor financeiro, Vale Petrobras. Com este desempenho, a Bolsa teve a sexta sessão consecutiva de alta.

Os investidores avaliaram os dados de inflação no país e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que ratificou uma postura menos agressiva do comitê quanto à subida da taxa de juros no Brasil.

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A Bolsa fechou em alta de 0,23% aos 108.651 pontos, depois de oscilar entre 107.841 e 109.331 pontos. O volume financeiro da sessão chegou a R$ 26,7 bilhões. Com o resultado, Ibovespa acumula ganhos de 2,04% em agosto e de 5,24% no mês.

O que puxou o índice para o terreno positivo foram as ações da Vale, Petrobras e do setor financeiro que subiram forte nesta terça-feira. Vale avançou 2,07%, Petrobras (PETR4) evoluiu 1,58% e 0,99% (PETR3. Já o Itaú ganhou 2,61% e foi a segunda melhor performance do Ibovespa nesta sessão. O Banco do Brasil subiu 1,46%.

A Bolsa se descolou dos índices americanos que fecharam em queda. Dow Jones caiu 0,18%, S&P 500 recuou 0,40% e Nasdaq perdeu 1,19%.

Pela ata do Copom, repetiu nesta terça-feira, por meio da ata de seu último encontro, que “avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude”, do que o deste mês em sua próxima reunião, em setembro.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 13,25% para 13,75% ao ano. Segundo a sinalização do BC, a Selic poderia ser mantida em 13,75% ou subir a 14,00% no encontro do mês que vem.

O Copom ainda destacou que seguirá “vigilante” e assegurou que os próximos passos de política monetária poderão ser ajustados para alcançar a convergência da inflação para suas metas, o que inclui o ano de 2023 e, em menor grau, de 2024.

Para Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, a ata ratificou o discurso do Copom de que vai continuar caminhando em ambiente ainda mais restritivo e cita a possibilidade de manutenção de taxas altas por mais tempo. Deixou bem explícito que haveria ajuste de menor magnitude sugerindo alta de 0,25%. 

“Muito provavelmente o BC vai terminar o ciclo de alta na próxima reunião. Se os indicadores de atividade melhorarem, devemos seguir com taxa prolongada por mais tempo”, disse Jorge.

Para Camila Abdelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos, na ata do Copom divulgada nesta terça-feira, o Banco Central mostrou que delimitou o patamar da Selic em 13,75% por mais tempo.

“O plano de voo é esse, manter os juros altos por mais tempo e manter um grau de manobra, pois, o risco fiscal que não pode ser desconsiderado”, disse Andelmalack. “Com a deflação de julho, o BC pode encontrar em setembro um cenário mais confortável para encerrar esse ciclo de alta da Selic. Há uma leitura de que a inflação deve retornar para o patamar de 1 dígito.”

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para julho.

Pelos dados, o índice registrou queda de 0,68% em julho, após a variação de 0,67% no mês passado. Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada é de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%.

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