Bolsa se descola de NY e fecha em alta puxada por bancos
O índice fechou em alta de 0,62%, aos 112.516 pontos, depois de oscilar entre 111.393 e 112.543 pontos; o volume financeiro foi de R$ 26,7 bilhões
20/09/2022O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta terça-feira, descolada do pessimismo no exterior em meio à cautela do mercado na véspera das decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O índice fechou em alta de 0,62%, aos 112.516 pontos, depois de oscilar entre 111.393 e 112.543 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 26,7 bilhões. Com o resultado deste pregão, a Bolsa acumula ganho de 2,73% em setembro e no ano sobe 7,34%.
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Em Wall Street, os índices fecharam em queda seguindo esta prudência no mercado à espera das decisões sobre os juros nos Estados Unidos. Dow Jones recuou 1,01%, S&P 500, 1,12% e Nasdaq cai 0,95%.
O Ibovespa teve este desempenho instável, apesar do exterior fechar no vermelho, pois foi suportado pela alta de ações do setor financeiro, com grande peso no índice. Itaú avançou 3,14%, Banco do Brasil, 1,52% e o Bradesco sobe 3,67%.
Ibovespa reflete apostas em juros no Brasil e nos EUA
Além disso, os investidores acreditam que o fim do aperto monetário no Brasil está chegando ao fim. Segundo levantamento, para 41 das 50 instituições financeiras ouvidas pelo Projeções Broadcast, a taxa deve ser mantida em 13,75% na reunião que começa hoje e termina amanhã, movimento que encerraria o mais longo ciclo de aperto monetário da história.
No entanto, economistas reconhecem que aumentou o risco de ajuste residual de 0,25 ponto. O Banco Safra está entre os que acreditam na manutenção da taxa no nível atual.
Já para os Estados Unidos, a aposta do mercado é de mais uma alta nos juros. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) eleve a taxa americana em 0,75 ponto percentual. Há, ainda, estimativa de que o Fed será mais agressivo e anuncie um aumento de 1 ponto percentual, amanhã.
Na avaliação do Banco Safra, a inflação para o consumidor americano permaneceu pressionada em agosto, o que reforça a expectativa do Fed manter um ritmo forte de aperto monetário.
“Esperamos que o banco central americano eleve a taxa de juros para 4,5% até o início do próximo ano e que o PIB real contraia em 0,5% em 2023”, informou o Safra em relatório.