Ibovespa fecha em alta com ganhos da Petrobras

Após uma sessão de perdas e ganhos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta a primeira sessão de setembro, com a melhora dos papéis da Petrobras e dado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, indicando o quarto trimestre seguido de alta.

A Bolsa subiu 0,81% fechando na máxima do dia aos 110.405 pontos. A mínima intradiária foi de 108.217 pontos. O volume financeiro foi de R$ 28,27 bilhões. No entanto, com o desempenho o índice acumula perda de 1,68% na semana e ganho de 5,33%.

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Os índices americanos fecharam sem direção definida nesta sessão. Dow Jones avançou 0,47%, S&P500, 0,30% e Nasdaq caiu 0,26%.

Os dados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) deram um alívio ao mercado nesta sessão. Além disso, a melhora dos papéis da Petrobras contribuíram para a alta do Ibovespa. Os papéis da estatal evoluíram 1,87% (PETR4) e 1,80% (PETR3).

O PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano frente ao trimestre anterior. É o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,404 trilhões em valores correntes.

Esse resultado fez a economia brasileira avançar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econômica do país está 3,0% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019, e atinge o segundo patamar mais alto da série, atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, do IBGE.

Na ponta negativa, dados ruins da Europa e China fazem aumentar o temor de uma recessão mundial. Nesta quinta-feira, foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro que caiu de 49,8 em julho para 49,6 em agosto, atingindo o menor patamar em 26 meses, segundo pesquisa final divulgada nesta quinta-feira pela S&P Global.

O resultado abaixo da barreira de 50 mostra que a atividade manufatureira do bloco se contraiu pelo segundo mês consecutivo. A leitura definitiva ficou ligeiramente abaixo da estimativa preliminar de agosto e também da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 49,7 em ambos os casos.

Na China, o PMI também não foi animador. O índice caiu em território de contração em agosto, quando os surtos de covid-19 e uma crise de energia causada pelo calor extremo e a seca dificultaram a recuperação econômica do país.

O PMI da Caixin caiu de 50,4 em julho para 49,5 em agosto, ficando abaixo da marca de 50 pontos que separa contração de expansão, de acordo com dados divulgados pela Caixin Media e S&P Global. A leitura aponta para a mesma direção do indicador oficial concorrente divulgado ontem, que se contraiu pelo segundo mês consecutivo para 49,4.

Vale também pressionou o Ibovespa para baixo nesta sessão. A mineradora recuou 0,95%.