Em dia volátil, Ibovespa fecha em baixa com piora da Petrobras

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores do Brasil, operou em instabilidade nesta sessão com foco na Petrobras e no exterior. O índice abriu em queda de mais de 1%, mas reduziu as perdas com a recuperação da Petrobras e passou a operar no terreno positivo. No final do pregão, no entanto, os papéis da estatal perderam força e o Ibovespa voltou para o negativo.  

A Bolsa fechou em baixa de 0,16%, aos 99.522 pontos, depois de oscilar entre 98.050 e 100.373 pontos. Com este desempenho, o Ibovespa seguiu os índices americanos que também operaram em volatilidade neste pregão.

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Os índices dos Estados Unidos, que chegaram a subir com a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, inverteram a tendência no final e passaram a cair. Dow Jones fechou em queda de 0,16%, S&P 500 recuou 0,16% e Nasdaq 0,15%.

Além do ambiente externo, o Ibovespa seguiu fortemente influenciado pelos papéis da Petrobras, que chegaram a recuar mais de 2% no início desta sessão e depois de operar no terreno positivo, passaram a cair no final. O PETR4 perdeu 0,52% e o PETR3 0,33%.

As ações da estatal sofrem tanto com o ambiente conturbado no cenário interno, e também com o preço do petróleo. O óleo tipo Brent recuou 2,54% e foi negociado a US$ 111,74.

No dia anterior, o barril do Brent fechou em leve alta de 0,46% e foi cotado a US$ 114,65. Na semana, acumula queda de 4,14% e no mês a desvalorização beira os 12%.

Com essa dinâmica dos preços do petróleo, o mercado observa as tentativas do governo brasileiro em barrar os constantes reajustes dos combustíveis e uma possível interferência na governança da Petrobras.

Ontem, a companhia informou que o Comitê de Elegibilidade vai se reunir na sexta-feira (24) para analisar a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal.

O minério de ferro também apresentou forte recuo nesta quarta-feira, o que puxa as ações da Vale para o terreno negativo. O papel da mineradora se desvalorizou 0,72%.

Os contratos futuros da principal matéria-prima do aço negociados na bolsa chinesa de Dalian, para entrega em setembro, caíram 6% para 709,50 yuans (US$ 105,57) a tonelada, o menor nível em 16 semanas. No mercado à vista, o minério com 62% de teor de ferro recuou US$ 5 e foi negociado a US$ 112,50 a tonelada, segundo a consultoria SteelHome.