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Ibovespa fecha em leve alta após ata do Fed sem surpresas

Bolsa fechou em leve alta de 0,17% aos 113.7707 pontos, depois de oscilar entre 112.482 e 114.146 pontos; o volume financeiro foi de R$ 59,6 bilhões

Mercado financeiro

Além da ata do Fed, o Ibovespa também foi pressionado pela Vale, que recuou 2,46%| Foto: Getty Images

Em dia de ata do Federal Reserve, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em leve alta nesta quarta-feira. O documento divulgado nesta quarta-feira, não trouxe grandes supresas quanto à condução da política monetária nos Estados Unidos.

A Bolsa, que passou a sessão em volatilidade beirando a estabiliade, fechou em leve alta de 0,17% aos 113.7707 pontos, depois de oscilar entre 112.482 e 114.146 pontos. O volume financeiro girou em R$ 59,66 bilhões. Com o resultado, o índice acumula alta de 10,14% em agosto e no ano, o Ibovespa avança 7,95%.

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Os índices americanos foram na contra-mão do Ibovespa e fecharam em queda, mesmo após a ata do Fed. Dow Jones recuou 0,50%, S&P 500 caiu 0,72% e Nasdaq, 1,25%.

No documento, o Fed avaliou que em julho haviam pequenas evidências de que a inflação estava desacelerando e com isso o controle dos preços deveria demorar por mais tempo. A autoridade monetária informou que a expectativa de inflação ao produtor deve cair para 2,2% em 2023 e para 1,9% em 2024 e isso reflete “a desaceleração prevista no núcleo da inflação e uma desaceleração rápida projetada nos preços de alimentos e energia ao consumidor nos próximos trimestres”.

“Os membros afirmaram que o Comitê estava fortemente comprometido em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%”, diz o Fed em ata. “Os membros observaram que permaneceram altamente atentos aos riscos de inflação.”

Os dirigentes do Fed também observaram que a inflação permaneceu inaceitavelmente alta e bem acima da meta de longo prazo de 2%. À luz da leitura alta do CPI para junho, os dirigentes ainda notaram que a inflação do PCE provavelmente teria aumentado ainda mais naquele mês.

“Eles também concordaram que as pressões inflacionárias eram de base ampla e havia pouca evidência até o momento de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo”, diz o texto, ao mencionar o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o índice de preços de gastos com consumo (PCE), este a medida de inflação preferida do Fed.

No final de julho, o Fed elevou os juros americanos em 0,75 ponto percentual, o que fez a taxa ficar com um intervalo entre 2,25% e 2,50% ao ano.

Para Leandro Petrokas, diretor de Research e sócio da Quantzed, o tom no documento veio mais vigilante em relação à inflação. “Temos alguns highlights como os ganhos de empregos que seguem robustos nos últimos meses, mas inflação continua elevada, guerra na Ucrânia coloca pressão adicional à inflação e pesa na atividade global, os dirigentes ressaltam que estão bastante atentos aos riscos de inflação e a maioria dos participantes pareceu ver um crescimento econômico mais lento. Então, a ata do FOMC vem com tom de cautela”, disse.

Na semana passada, foram divulgados os dados de inflação. O CPI de julho veio estável em relação ao mês anterior. Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, caiu 0,3% no comparativo. Conforme os dados, em 12 meses, a inflação nos Estados Unidos recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho.

Além da ata do Fed, o Ibovespa também foi pressionado por ações ligadas às commodities. Vale recuou 2,46% após o minério de ferro despencar no mercado futuro com a parada de produção de siderúrgicas chinesas por falta de fornecimento de energia.

O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro de 2023 na Dalian Commodity Exchange caiu 4,4%, para 683,50 yuans (US$ 100,87) a tonelada, o menor nível desde 28 de julho.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro do ingrediente siderúrgico caiu 4,7%, para US$ 100,70 a tonelada.

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