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Bolsa descola de NY e fecha no azul após decisões do Copom e do Fed

Ibovespa subiu 1,91%, aos 114.070 pontos, depois de oscilar entre 111.818 e 114.392 pontos; volume financeiro desta sessão foi de R$ 33,5 bilhões

Cotações da Bolsa

Os investidores analisam a decisão de alta da taxa de juros nos Estados Unidos e o fim do ciclo de aperto monetário no Brasil | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta firme, com os investidores analisando a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos e o fim do ciclo de aperto monetário no Brasil.

O índice subiu 1,91%, aos 114.070 pontos, depois de oscilar entre 111.818 e 114.392 pontos. O volume financeiro desta sessão foi de R$ 33,5 bilhões. Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumula ganho de 4,38% na semana. Em setembro a Bolsa avança 4,15% e no ano sobe 8,82%.

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A Bolsa brasileria foi na contramão de Wall Street, com os investidores ainda digerindo a elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) e a indicação de aperto monetário por mais tempo.  Dow Jones recuou 0,35%, S&P 500 caiu 0,89% e Nasdaq, 1,37%.

Nos Estados Unidos, a decisão foi de aumentar em 0,75 ponto percentual os juros. Com a decisão, os juros sobem do intervalo de 2,25% a 2,5% para o intervalo de 3% a 3,25% ao ano.

O Fed indicou, ainda, que deve manter o ciclo de aperto monetário por mais tempo para levar a inflação para a meta de 2% ao ano. A projeção da autoridade monetária é de que os juros devem fechar o ano entre 4% e 4,5%.

“O Comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos”, acrescenta o comunicado.

Já no Brasil, o BC decidiu encerrar o ciclo de alta de juros que foi iniciado no ano passado, e a Selic permanece em 13,75% ao ano.

Ibovespa subiu com investidores atentos ao comunicado do Banco Central

Segundo comunicado do BC, há ainda uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e uma incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais adicionais que impliquem sustentação da demanda agregada, parcialmente incorporados nas expectativas de inflação e nos preços de ativos.

“O Comitê avalia que a conjuntura, ainda particularmente incerta e volátil, requer serenidade na avaliação dos riscos”. diz o documento.

“A Bolsa opera em alta seguindo a indicação do BC de que deve manter os juros nesse patamar até começar a diminuir a Selic no próximo ano”, disse, Rodrigo Cohen, analista da Escola de Investimentos. “Caso apareça algum dado negativo que surpreenda o mercado, acredito que o BC ainda tem espaço para subir a Selic nesse ano, caso seja necessário.”

Segundo Cohen, a instabilidade geopolítica com a Rússia ameaçando usar o armamento nuclear na guerra contra a Ucrânia pode mexer com os mercados nesta quinta-feira. “Junto a isso, a expectativa para os próximos dias é o mercado precificar o crescimento dos juros nos EUA nas próximas duas atas do FOMC até o fim do ano”, disse o analista.

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