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Ibovespa segue o exterior e opera em queda com temor de recessão global

Bolsa recua com os investidores preocupados com a desaceleração da economia mundial e o risco fiscal no Brasil

Mercado financeiro

Na véspera, o Ibovespa recuou 0,96%, aos 99.622 pontos. Com isso, passou a acumular queda de 10,53% no mês e de 4,96% no ano | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, mantém a tendência de baixa de junho e abre o último dia do mês em queda. O mau humor do mercado externo e o desempenho negativo de Vale e Petrobras são fatores que pesam no índice. Por volta das 14h20, a Bolsa recuava 0,82%, aos 98.801 pontos.

Na sessão de véspera, o Ibovespa recuou 0,96%, aos 99.622 pontos. Com o resultado, passou a acumular queda de 10,53% no mês e de 4,96% no ano.

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Os índices americanos também operam no terreno negativo nesta quinta-feira. Dow Jones cai 0.75%, S&P 500 recua 0,69% e Nasdaq se desvaloriza 1,01%.

O risco fiscal no Brasil e o temor de uma recessão global continuam no radar dos investidores. Vale e Petrobras também pesam no índice. A mineradora recua 2,21% e os papéis da estatal se desvalorizam 0,39% o PETR4 e 0,74% o PETR3.

Nos Estados Unidos, a inflação medida pelo índice mensal de preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), o indicador que é usado como referência pelo Federal Reserve (Fed, Banco central americano) para definir a condução da sua política monetária, foi divulgada nesta quinta-feira.

O núcleo do PCE desacelerou para 4,7% ao ano em maio. Na comparação mensal, o índice subiu 0,3%.

O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e representa uma desaceleração em base anual frente ao mês de abril, quando o PCE registrou crescimento de 4,9%.

O núcleo do PCE exclui preços mais voláteis, como os de alimentos e energia. Quando considerados estes preços, a inflação americana foi de 0,6% na base mensal e 6,3% na anual.

“Os dirigentes dos principais bancos centrais alertaram sobre a persistência da inflação, o que levantou preocupações de que um aperto monetário mais agressivo levará as economias à recessão”, disse o Banco Safra em relatório.

No cenário interno, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Combustíveis continua do radar dos investidores. O impacto do projeto é de R$ 38 bilhões fora do teto e corre sério risco do governo não cumprir as metas ficais neste ano com a medida.

Além disso, o Banco Central do Brasil informou que a probabilidade de a inflação superar o teto da meta neste ano passou de 88%, em março, para 100% em junho. Para 2023, o Banco Central estimou que a probabilidade de superar o teto do sistema de metas avançou de 12% para 29%. Em 2022, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

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