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À espera da superquarta, Ibovespa inicia semana em baixa de 0,40%

A cautela deu o tom no Ibovespa, no dia em que os contratos futuros de petróleo fecharam em cotação recorde

Ibovespa superquarta petroleo

Expectativa de consenso do mercado é de que os juros nos EUA serão mantidos na faixa atual, de 5,25% a 5,50% | Foto: Getty Images

O Ibovespa perdeu força e não conseguiu sustentar a linha dos 119 mil pontos, vista até o início da tarde desta segunda-feira, 18, e que havia sido retomada na última quinta-feira, mas cedida ainda na sexta, em fechamento negativo como o desta segunda-feira. Ao fim do dia, o índice da B3 mostrava baixa de 0,40%, aos 118.288,21 pontos, em sessão na qual oscilou dos 118.122,66 (-0,53%) aos 119.485,90, saindo de abertura aos 118.758,67 pontos. O giro financeiro se manteve fraco, aos R$ 19,2 bilhões. No mês, o Ibovespa sobe 2,20% e, no ano, avança 7,79%.

Em semana com mais uma superquarta – com deliberações sobre juros no Brasil e também nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão – os índices de Nova York fecharam o dia em variações contidas, perto da estabilidade: Dow Jones +0,02%, S&P 500 +0,07% e Nasdaq +0,01%.

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 18, em queda moderada no mercado doméstico de câmbio, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda norte-americana no exterior, em semana marcada por decisão de política monetária aqui no Brasil e nos Estados Unidos, na chamada superquarta, dia 20. Em pregão morno e de oscilação de pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,8418) e a máxima (R$ 4,8789), a divisa fechou a R$ 4,8561, recuo de 0,31%.

Foi o quarto pregão consecutivo de baixa do dólar à vista, período em que acumulou desvalorização de 1,95%. A recuperação do real nas últimas sessões se deu em meio à melhora do quadro para commodities, na esteira de medidas do governo chinês para estimula à atividade econômica.

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Em São Paulo, com a piora ao longo da tarde na B3, poucas ações de maior liquidez e peso conseguiram se distanciar do sinal negativo, com destaque para Petrobras (ON +1,25%, PN +0,71%) e Santander Brasil (Unit +1,84%). Vale ON caiu 1,18%.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta e o Brent chegou a se aproximar da marca de US$ 95, em novo pico no ano, o que contribuiu para que as ações da Petrobras se desgarrassem da cautela que prevaleceu na sessão. Na ponta do Ibovespa, Braskem (+5,84%), Yduqs (+4,74%), BRF (+4,35%) e Magazine Luiza (+4,03%), com Vamos (-5,66%), Totvs (-4,10%), Via (-3,95%) e Carrefour Brasil (-3,43%) no lado oposto.

“A cautela deu o tom hoje, com as decisões sobre juros, especialmente a Selic, para a qual se espera um corte de meio ponto porcentual, na quarta-feira. Mesmo com o aumento da projeção de crescimento no ano, de 2,5% para 3,2% em revisão de estimativa divulgada à tarde pelo Ministério da Fazenda, a Bolsa operou em boa parte do dia perto do zero a zero, sem grandes oscilações”, diz Rafael Gamba, assessor da Blue3 Investimentos, acrescentando que a lateralização também se impôs aos DIs futuros, em leve oscilação nesta abertura de semana.

Na mesma quarta-feira, haverá a decisão do comitê de política monetária do Federal Reserve, para a qual a expectativa de consenso é de que os juros serão mantidos na faixa atual, de 5,25% a 5,50%.

“Contudo, parte do mercado parece estar acreditando que essa manutenção será temporária, uma pausa; para a reunião seguinte, está precificado que teremos mais um aumento, com pouco mais de 30% de probabilidade: valor minoritário, mas relevante”, aponta em nota a Guide Investimentos.

“Para a reunião de novembro, ainda enxergamos a decisão em aberto, mas os últimos dados de mercado de trabalho e do PIB americano, que foi revisado para baixo, nos fazem apostar que o ciclo de elevação dos juros tenha de fato chegado ao fim. Esperamos que o Fed mantenha a sinalização de que os próximos passos vão depender dos dados”, observa Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. (AE)

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