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Petrobras despenca mais de 6% e puxa Ibovespa para o vermelho

Aversão ao risco nos mercados diante do temor de recessão global derrubou as commodities e levou o Ibovespa a uma queda de 2,06%

Mercado financeiro

O Ibovespa acompanhou o mau humor externo, com o indício cada vez maior de recessão mundial; Vale e Petrobras recuaram forte, pressionando o índice| Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em forte queda nesta sexta-feira, acompanhando o exterior e puxado pelo mau desempenho das ações da Vale e Petrobras. O mau-humor nas bolsas internacionais reflete a aversão ao risco com o aumento do temor de recessão na economia mundial.

A Bolsa recuou firme em 2,06%, aos 110.716 pontos, depois de oscilar entre 110.731 e 114.046 pontos. O volume financeiro desta sessão girou em R$ 35,1 bilhões. Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumulou ganho de 2,23% na semana. Em setembro a Bolsa avança 2% e no ano sobe 6,58%.

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O mercado acionário local acompanhou o mau humor externo, com o indício cada vez maior de recessão mundial. Em Nova York, os índices também fecharam em forte queda nesta sessão. Dow Jones recuou 1,61%, S&P 500, 1,72% e Nasdaq, 1,80%. Diferentemente do Ibovespa, Wall Street acumulou perdas quando se compara a semana, Dow Jones caiu 3,68%, S&P 500, 4,08% e Nasdaq, 4,15%.

A semana foi marcada pela decisão de juros pelo mundo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual. Com isso, os juros sobem do intervalo de 2,25% a 2,5% para o intervalo de 3% a 3,25% ao ano.

O Fed indicou, ainda, que deve manter o ciclo de aperto monetário por mais tempo para levar a inflação para a meta de 2% ao ano. A projeção da autoridade monetária é de que os juros devem fechar o ano entre 4% e 4,5%.

Esta postura mais contracionista dos Estados Unidos fez com que o investidor buscasse ativos mais seguros, o que derrubou as bolsas ao redor do mundo.

Além disso, o Reino Unido anunciou que se endividará fortemente para financiar um amplo pacote de cortes de impostos, numa tentativa de impulsionar a economia britânica, que enfrenta a taxa de inflação mais alta em cerca de quatro décadas.

Como parte do pacote, o ministro de Finanças Kwasi Kwarteng disse que o governo britânico irá reduzir impostos sobre folhas de pagamentos, congelar o imposto sobre empresas, abandonar um teto para bônus de executivos do setor bancário e gastar bilhões de libras para subsidiar contas de energia nos próximos dois anos.

“Esse ciclo de estagnação levou à projeção de que a carga tributária alcançará os maiores níveis desde o fim da década de 1940”, disse Kwarteng. “Estamos determinados a romper esse ciclo. Precisamos de uma nova abordagem para uma nova era, com foco no crescimento”, acrescentou.

Vale e Petrobras puxaram Ibovespa para o campo negativo

Além do exterior, a Bolsa brasileira foi afetada pela má performance da Petrobras, que despencou mais de 6% nesta sessão, 6.26% (PETR4) e 7.06% (PETR3).

Os papéis da estatal acompanham a queda do barril do Brent. O Brent, para entrega em novembro, foi cotado a R$ 86,15, uma baixa de 4,76%.

A Vale também teve um desempenho negativo nesta sexta-feira. A mineradora recuou 2,13%.  

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