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Após Fed, Ibovespa recua acompanhando Wall Street

O Ibovespa seguiu o exterior e fechou em baixa de 0,52%, aos 111.935 pontos; o volume financeiro girou em R$ 19,4 bilhões

Mercado financeiro

Mesmo sem supresas, os juros nos EUA foram aumentados em 0,75 ponto percentual, o que levou a taxa anual para o intervado de 3% e 3,25% ao ano | Foto: Getty Images

Depois de abrir em leve alta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira acelerou a queda após a decisão de alta dos juros nos Estados Unidos. Com isso, o índice fechou em baixa de 0,52%, aos 111.935 pontos, depois de oscilar entre 111.380 e 113,294 pontos. O volume financeiro girou em R$ 19,40 bilhões.

Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumula ganho de 2,43% na semana. Em setembro a Bolsa avança 2,20% e no ano sobe 6,79%.

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Os índices americanos, que operavam em alta, inverteram a rota logo após a elevação dos juros nos EUA pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

O Fed decidiu aumentar em 0,75 ponto percentual a taxa, o que fez o intervalo dos juros ficar entre 3% e 3,25% ao ano. Até o final de 2022, a expectativa da autoridade monetária é de que a taxa termine entre 4% e 4,5%. Com isso, Dow Jones recuou 1,70%, S&P 500 caiu,1,73% e Nasdaq, 1,79%.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que mais elevações nos juros serão apropriadas e que a instituição manterá juros em nível elevado “por um tempo”.

“Queremos chegar rapidamente a política monetária restritiva”, afirmou, durante coletiva de imprensa.

Powell, no entanto, não deu indicação do ritmo exato das altas futuras e ressaltou que a trajetória dependerá “da situação da economia”.

“Tomamos uma decisão a cada reunião, as próximas não foram fechadas hoje. É difícil prever exatamente a trajetória da política monetária neste momento”, disse. Além disso, para ele, ainda não é possível saber se a política do BC americano levará a uma recessão, o que é uma preocupação atual do mercado.

Segundo relatório do Banco Safra, o Fed mostrou ainda uma sinalização do movimento para a próxima reunião, que deve apresentar uma elevação menor. “O tom da fala dos membros foi mais hawkish por conta da alta da inflação e com isso a taxa de juros nos EUA deve ficar entre 4,25% e 4,30%”, informou o banco.

Por aqui, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) também ficou no radar dos investidores. A aposta é de fim do ciclo de aperto monetário e a permanência da taxa Selic em patamar mais alto por mais tempo.

Com a ajuda de medidas para reduzir os impostos dos combustíveis e energia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação nos últimos dois meses.

Apesar de ser um movimento provocado principalmente pelas interferências do governo, especialistas destacam que já é possível ver alguns indicadores de diminuição no ritmo da inflação, o que permitiria que o BC encerrasse a alta nos juros.

A maior parte do mercado espera a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. Mas em setembro o presidente do BC Roberto Campos Neto disse que ainda é cedo para falar em redução na taxa de juros. Por isso há economistas que acreditam em um último ajuste de 0,25 ponto percentual, que elevaria a Selic para 14% ao ano.

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