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Icônico jato Learjet sai de linha por causa da covid

Pandemia afetou turismo e derrubou as vendas de aviões como o jatinho da Bombardier citado na música 'Money', do Pink Floyd

O modelo de jato particular foi sinônimo de estilo de vida dos ricos e famosos desde a década de 1960 | Foto: Getty Images

A fabricante de aviões Bombardier, do Canadá, anunciou esta semana que vai parar a produção no Learjet, o icônico jato de luxo preferido por celebridades.

A Bombardier disse que se concentrará em seus modelos maiores e de longo alcance, hoje em dia preferidos por celebridades.

O anúncio significa a eliminação de 1.600 empregos no Canadá e nos Estados Unidos.

O modelo de jato particular foi sinônimo de estilo de vida dos ricos e famosos desde a década de 1960.

Era um dos favoritos de Frank Sinatra, que o usava para voar com amigos como Marlon Brando e Dean Martin.

O cantor da “voz de veludo” chegou a emprestar o avião para Elvis Presley para uma viagem a Las Vegas com Priscilla Beaulieu em 1967, segundo reportagem do Daily Mail.

O Learjet jato é fabricado em Wichita, Kansas, nos Estados Unidos, e sempre esteve entre os mais vendidos no segmento de jatos de luxo.

Aeronave foi inspirada em jatos militares

O inventor William Lear baseou seu design em jatos militares suíços, o que permite à aeronave voar tão rápido quanto um Boeing 707 transatlântico, mas sem perder o glamour.

O primeiro Learjet voou em 1963, e mais de 3 mil unidades foram construídas desde então.

Ele tornou-se icônico nos anos 1960, ao ser usado por celebridades como Sinatra, Marlon Brando, e Dean Martin.

Sinatra comprou em 1965 um Learjet 23, que ele chamou de Christina II, em homenagem à sua filha mais nova.

Com Learjet, Sinatra conquistou Mia Farrow

A aeronave o ajudou a conquistar Mia Farrow, de 23 anos, após seu primeiro encontro em 1965, de acordo com a BBC.

No ano seguinte, o casal voou em lua de mel para o sul da França no avião.

A versão mais recente do Learjet custa US$ 21 milhões (R$112 milhões), e foi reverenciado na música ‘Money’, do Pink Floyd.

A maioria das perdas de emprego projetadas para a Bombardier, com sede em Montreal, ocorrerá no Canadá, sendo cerca de 700 no Quebec e 100 em Ontário.

A empresa disse que cerca de 250 empregos serão eliminados em Wichita este ano e no próximo, com outras 100 vagas eliminadas no resto dos EUA.

O CEO Eric Martel disse em um comunicado que os cortes de emprego são sempre difíceis, “mas essas reduções são absolutamente necessárias para reconstruir nossa empresa enquanto continuamos navegando através da pandemia”.

As viagens aéreas despencaram durante o surto de covid-19, causando uma queda acentuada na demanda por novos aviões.

Learjet dá lugar a aeronaves maiores

A Bombardier disse que o fim da produção do Learjet ainda este ano permitirá que a empresa se concentre em suas aeronaves Challenger e Global mais rentáveis, e acelere a expansão de seus negócios de serviços.

O anúncio veio após a empresa relatar uma perda ajustada antes dos juros e impostos do quarto trimestre devido à pandemia coronavírus.

Depois de sinalizar prováveis demissões em novembro, a Bombardier, com sede em Montreal, anunciou novos esforços de corte de custos para gerar US$ 400 milhões em economias recorrentes até 2023 e melhorar os lucros este ano, enquanto aumenta seu negócio de pós-venda.

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